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    Justiça determina manutenção dos hospitais de campanha do Rio de Janeiro

    Mais cedo, governo havia anunciado fechamento dos dois estabelecimentos do estado

    Anna Satie e Isabelle Resende, da CNN em São Paulo e no Rio

    O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) determinou nesta sexta-feira (17) a manutenção do funcionamento dos hospitais de campanha do estado. 

    Mais cedo, o governo anunciou que fecharia os estabelecimentos em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, e no Maracanã, zona norte da capital. 

    A juíza que proferiu a decisão, Aline Maria Gomes Massoni da Costa, destacou que a transferência poderia complicar o quadro de saúde de pacientes em estado mais grave.

    Por volta das 21h desta sexta-feira, o governo do Rio disse que ainda não tinha sido notificado da decisão. Com isso, o procedimento para mover as pessoas internadas continuou. No Maracanã, só restava um dos 26 pacientes registrados nesta tarde. Em São Gonçalo, todos os oito pacientes internados foram levados para outras unidades.

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    Segundo a secretaria estadual de Saúde, o fechamento seria apenas temporário, uma vez que o contrato com o Iabas, organização que gere os locais, venceria neste sábado (18). O órgão também ressaltou que, caso haja necessidade, os hospitais de campanha de Nova Friburgo, Nova Iguaçu e Caxias estariam prontos para atenderem 20 pacientes cada e que, em uma semana, poderiam estar funcionando em capacidade máxima.

    O Iabas afirmou que não havia sido comunicado da decisão. “Essa é mais uma demonstração de que o Iabas tem sido vítima da falta de gestão e transparência das ações do estado a respeito dos hospitais de campanha”, disse em nota.

    Para a organização, o governo tem agido de maneira pouco transparente e que não assume a responsabilidade pelas decisões que levaram a atrasos na entrega de equipamentos.

    “Conforme informado em ofício do dia 12 de junho, estavam então prontos para operação os hospitais de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, e que as unidades de Nova Friburgo e Campos de Goytacazes estavam praticamente prontas. Se não estão operando esses hospitais é por decisão do governo do estado“, escreveram.

    Covid-19 no Rio

    Apesar de a curva de contágio da doença estar em declínio, o Rio de Janeiro é o terceiro estado com o maior número de casos de Covid-19 no país, com 135.230 diagnósticos confirmados até esta sexta-feira, e o segundo em número de mortes, com 11.919 vítimas fatais.

    A situação nos hospitais da rede pública ainda preocupa, porque a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com a Covid-19 está em 33% e há fila de espera para pacientes acometidos por outras doenças.

    O secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, negou que os hospitais de campanha tenham sido fechados em definitivo. Caso ocorra uma segunda onda de Covid-19 no estado, essas unidades serão utilizadas para o atendimento a população, e o estado diz que terá 900 leitos de retaguarda. Bousquet disse ainda que a Fundação Estadual de Saúde ficará responsável pela gestão de pessoal dos hospitais de campanha.

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