Justiça decreta prisão preventiva de homem e mulher que estavam com criança desaparecida de SC
Menino Nicolas, de 2 anos, está com o Conselho Tutelar em São Paulo e deve retornar a Santa Catarina em breve; a polícia pretende ouvir a mãe do menino para saber como foi a entrega do bebê à dupla
Durante audiência de custódia, a Justiça paulista converteu a prisão em flagrante de Marcelo Valverde, de 52 anos, e Roberta Porfírio, de 41, para preventiva. Os dois foram interceptados pela Polícia Militar de São Paulo na última segunda-feira (8) na zona leste da capital paulista, e estavam no carro com Nícolas Gaspar, menino de 2 anos que havia desaparecido em Santa Catarina, no último dia 30.
À PM, durante a abordagem, o homem revelou que foi ele quem intermediou o contato com a mãe de Nicolas. Ainda não se sabe se ele recebeu algum valor por isso. A partir daí, Roberta teria ido a Santa Catarina pegar o menino.
Os dois ainda afirmaram aos policiais que o menino havia sido entregue pela própria mãe, identificada como Nathalia Areias Gaspar.
A avó materna de Nicolas contou à polícia que havia perguntado sobre o neto para Nathalia e que ela disse que ele estava na casa de amigos. A avó investigou por conta própria o sumiço e só após cinco dias registrou a ocorrência policial.
Em entrevista à CNN, a delegada Sandra Mara Pereira, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de São José, responsável pelo caso, disse que foi instaurado inquérito policial e realizadas busca e apreensões nos locais indicados pela família e amigas da mãe da criança, onde o bebê poderia estar.
Na sexta-feira (5), a polícia tinha pedido a quebra de sigilo de dados de telefones celulares e aplicativos de transporte. A ideia é entender onde a mãe estava nos dias anteriores ao desaparecimento da criança e com quem ela se comunicou.
Como Nathalia está internada, a Polícia Civil aguardava a liberação médica para ouvi-la. Após avaliação psiquiátrica, a expectativa era de que o depoimento acontecesse na terça-feira (9).
Nicolas está com o Conselho Tutelar em São Paulo, e a Polícia Militar e a Polícia Civil de Santa Catarina estão realizando os trâmites necessários para que ele retorne para o Estado.