Justiça decreta prisão de irmã de ex-jogador Léo Moura por venda de ingressos falsos no Rock In Rio
Lívia da Silva Moura, que já era acusada de se passar por organizadora do festival para aplicar o golpe, foi presa por vender entradas falsificadas para camarotes do Sambódromo do Rio
O Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos decretou, nesta terça-feira (20), a prisão preventiva de Lívia da Silva Moura, irmã do ex-jogador do Flamengo, Léo Moura, no processo em que é acusada de ter vendido ingressos falsos da edição do Rock In Rio de 2022.
Segundo as investigações, Lívia teria se passado por organizadora oficial do festival para aplicar o golpe. Ela já cumpria pena deste processo em prisão domiciliar, por ter uma filha de oito anos com deficiência auditiva. No entanto, no último dia 13, foi presa temporariamente, em casa, no bairro Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, desta vez por vender entradas falsificadas para os camarotes do Sambódromo do Rio. A acusação é de estelionato e associação criminosa.
Segundo o juiz Bruno Arthur Mazza Vaccari Machado Manfrenatti, no processo sobre os ingressos falsos para o festival, Lívia deveria estar sendo monitorada por uma tornozeleira eletrônica. Mas, desde que conseguiu a prisão domiciliar, em dezembro de 2022, não foi ao setor responsável pela instalação do equipamento.
“Além disso, há notícias de que a investigada continua, supostamente, atuando na prática da venda fraudulenta de ingressos para grandes eventos, a exemplo de tickets para a Sapucaí, no carnaval 2024. Nesse sentido, a prisão se mostra extremamente necessária para assegurar a aplicação da lei penal e para a garantia da ordem pública. Também é possível observar o perigo gerado pela liberdade da investigada, diante da reiteração de sua conduta, o que expõe a perigo e, inclusive, efetivamente, lesa a sociedade”, destacou o juiz, na decisão.
Segundo as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, Lívia é apontada por ser líder de uma organização criminosa que aplicava golpes em pessoas que procuram por ingressos para grandes eventos. Ela usava o nome de seu irmão para dar mais credibilidade na prática dos golpes. Ela dizia ser funcionária de uma empresa distribuidora de ingressos.
Para que as vítimas não desconfiassem de fraude, ela negociava diretamente com os compradores os ingressos falsos ou inexistentes utilizando o celular. Ao término da compra, um e-mail era encaminhado confirmando a venda.
A CNN tenta localizar a defesa de Lívia para um posicionamento, mas ainda não obteve retorno.