Justiça decide soltar ex-assessor da Saúde acusado de estupro
Airton Cascavel é acusado de ter estuprado uma jovem de 18 anos que trabalhava como cuidadora da mãe dele; crime teria acontecido em 2017
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidiu, nesta sexta-feira (11), soltar o empresário Airton Antonio Soligo, que foi assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Airton, também conhecido como Airton Cascavel, é acusado de ter estuprado uma jovem de 18 anos que trabalhava como cuidadora da mãe dele. O crime teria ocorrido em 2017 na casa onde a mãe de Soligo mora, em Joinville.
Para o desembargador Antonio Zoldan, a liberdade do acusado não constitui ameaça à ordem pública.
Na decisão, Zoldan afirma que embora “se considere a gravidade do crime imputado e a repercussão do caso, não há provas nos autos de que, em quase cinco anos, o paciente tenha agido para novamente constranger a vítima”.
O desembargador desconsiderou o fato de que um cunhado de Soligo teria encaminhado mensagem para o pai da vítima. Na avaliação do magistrado, não ficou configurado que houve investidas do acusado contra a vítima.
A defesa alegou que o processo que apura o estupro ainda está em aberto e não houve o oferecimento de denúncia. Também argumentou que por razões médicas, caberia o relaxamento da prisão.
O advogado de Airton Cascavel, Zoser Hardman, criticou a prisão e disse que o empresário sofre perseguição política. “A prisão foi absurda e a acusação feita contra ele tem contornos de armação”, afirmou o advogado.
O empresário tem como reduto eleitoral o estado de Roraima. Em 2021, atuou em Brasília como assessor de confiança do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na articulação com políticos.