Justiça de SP nega pedido de soltura de acusado de incendiar Borba Gato
Paulo Lima, conhecido como Galo, está preso desde 28 de julho. Mudança para prisão preventiva impediu habeas corpus concedido pelo STJ


O Tribunal de Justiça de São Paulo negou, neste domingo (8), novo pedido de soltura do motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo “Galo”, de 32 anos, acusado do incêndio na estátua de Borba Gato.
O juiz plantonista de 2º grau, Xisto Rangel, colocou na decisão que “afirmar que não pretende repeti-lo [o ato] também é pouco para que identifiquemos como digna de crédito sua afirmação.’
Segundo justifica o magistrado, é “mais natural pensar o contrário, ou seja, que esteja apenas dizendo o necessário para ser solto e, assim, estimulado pela sensação de impunidade, voltar a promover suas ‘manifestações’ de igual jaez, falaciosamente minimizadas e adjetivadas como justas e ‘democráticas’”.
Galo está preso desde 28 de julho, quando se entregou na delegacia após assumir ter planejado o incêndio a estátua de Borba Gato em manifestação realizada em 24 de junho. Neste sábado (07), Galo foi transferido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, segundo o advogado de defesa Jacob Filho.
Apesar do Superior Tribunal de Justiça (STF) ter concedido um habeas corpus favorável à soltura de Paulo Galo na quinta-feira (05), a juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do TJ do Estado, converteu a prisão temporária em preventiva no mesmo dia.
Com a decisão da Justiça paulista, a liminar do ministro Ribeiro Dantas, do STJ, perdeu o efeito, uma vez que valia apenas para a prisão temporária. Ao mandar soltar o ativista, o ministro disse que não havia ‘razões jurídicas convincentes e justas’ para manter a detenção.

*Com informações do Estadão Conteúdo