Julgamento de Paulo Cupertino, acusado de matar Rafael Miguel, começa hoje (10)
Além do ator, homem também é acusado de matar os pais dele, João Alcisio e Miriam Selma; crime aconteceu em 2019
O julgamento de Paulo Cupertino por triplo homicídio acontece nesta quinta-feira (10), em São Paulo. O empresário é acusado de assassinar o ex-ator de “Chiquititas”, Rafael Henrique Miguel, de 22 anos, em 2019.
Os pais do jovem, João Alcisio e Miriam Selma, também foram assassinados no crime que comoveu o Brasil.
O júri popular está marcado para começar a partir das 13h na 1ª Vara do Júri da Capital, no Fórum Criminal da Barra Funda.
Além de Cupertino, dois amigos dele também enfrentarão julgamento, acusados de auxiliar o empresário a escapar e se esconder após o crime. Cupertino está detido desde 2022, quando foi encontrado em um hotel na zona sul da capital paulista. Os outros dois réus respondem ao processo em liberdade.
Cupertino é acusado de cometer triplo homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Após matar o genro, tornou-se um dos criminosos mais procurados do país e figurou até mesmo na lista da Interpol. Ele foi capturado pela polícia em maio de 2022.
Durante esse período, Cupertino utilizou identidades falsas e se escondeu em diversas cidades do Brasil. Após a captura, o acusado manteve a frieza e negou a autoria dos assassinatos, segundo relatos.
Em uma carta do acusado que a CNN teve acesso, ele alega imparcialidade da mídia e da justiça. “Bem antes da minha prisão venho sendo acusado, massacrado e perseguido de formas e informações totalmente desprovidas e mentirosas, “aximos” (sic) e suposições”, afirma na carta.
Má conduta na cadeia
Além dos crimes pelo qual é acusado, Cupertino agrediu um detento dentro da cadeia, onde aguarda o julgamento. Inclusive, um processo disciplinar foi aberto para apurar o ocorrido, segundo mostram registros obtidos pela CNN.
Segundo o depoimento do detento Wilho da Silva Brito, Cupertino invadiu o banheiro onde o colega de cela fazia sua higiene bucal, xingou-lhe e, após o colega se agachar, o golpeou no rosto, mas “não soube dizer se foi um ‘soco’ ou ‘chute’, mas que quando se levantou já sentiu um sangue no rosto”.