Juiz autoriza traficante Rogério 157 a retornar à penitenciária estadual do RJ
Rogério 157 está no presídio federal de Rondônia, de segurança máxima, desde 2018


A Justiça Federal do Rio de Janeiro deu aval para o traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como o Rogério 157, voltar ao sistema penitenciário estadual do Rio.
A decisão foi tomada no último dia 9, mas a transferência ainda não ocorreu. Ele tem quatro condenações, que vão de tráfico de drogas à corrupção. As penas, somadas, alcançam 61 anos de reclusão.
Rogério 157 está no presídio federal de Rondônia, de segurança máxima, desde 2018. Ele foi transferido para o local com o objetivo de impedir o seu contato com o crime organizado na Rocinha. O traficante era apontado como o chefe do tráfico na comunidade.
O aval acontece mesmo após a Polícia Civil do Rio ter pedido a manutenção do criminoso no presídio de Rondônia, o que foi negado pela Justiça.
O Ministério da Justiça tem 30 dias para realizar a transferência do preso. A CNN apurou que ele ainda não foi transferido e que a pasta está conversando com os governos de Rondônia e Rio de Janeiro para possível recurso na tentativa de mantê-lo em um presídio federal.
Secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli critica decisão de transferir Rogério 157 de volta ao Rio. “No meio de uma situação delicada que o Brasil inteiro está acompanhando, recebemos uma determinação judicial para transferir de uma penitenciária federal para o Rio de Janeiro, um líder de facção do estado. Todos precisam cooperar no enfrentamento ao crime organizado.”
Adversário de Nem
Rogério era o chefe da facção criminosa Comando Vermelho na Rocinha, comunidade na Zona Sul do Rio. Tinha com seu principal rival do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, que também está detido em um presídio federal.
A disputa entre ele e Nem desencadeou uma guerra pelo controle dos pontos de venda de drogas na maior favela do Rio, em setembro de 2017.
Rogério 157 foi preso pela Polícia Civil na comunidade do Arará, na zona norte da cidade naquele ano. Na época, ele era considerado o traficante mais procurado do estado do Rio e tinha uma recompensa estipulada em R$ 50 mil.