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    Judiciário do Rio adia sessão de julgamento de Flordelis e outros quatro réus

    Antes marcada para o dia 9 de maio, os réus serão julgados no Tribunal do Júri de Niterói no dia 6 de junho deste ano

    Iuri Corsinida CNN* , no Rio de Janeiro

    O Judiciário do Rio de Janeiro adiou a data de julgamento da deputada cassada Flordelis. Antes agendada para o dia 9 de maio, a juíza Nearis dos Santos Arce remarcou a sessão para o dia 6 de junho, às 9h. A magistrada entendeu não haver tempo hábil para a juntada de todos os laudos solicitados pelas defesas dos réus. Além de Flordelis, serão julgados em junho outras quatro pessoas.

    Os réus são acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros em sua casa, em Niterói, no dia 16 de junho de 2019. Nesta segunda parte da sessão no Tribunal do Júri de Niterói serão julgados Flordelis, sua filha biológica Simone dos Santos Rodrigues, a neta, Rayane dos Santos Oliveira, e os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva.

    O primeiro julgamento ocorreu no último dia 12 de abril, sendo encerrado na manhã do dia seguinte. Na ocasião, o Tribunal do Júri condenou quatro réus envolvidos no assassinato do pastor e então marido de Flordelis.

    Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por falsidade ideológica. Carlos Ubiraci da Silva, filho afetivo de Flordelis, foi inocentado da acusação de homicídio triplamente qualificado, mas condenado por associação criminosa com pena de dois anos e dois meses, em regime semiaberto. O ex-PM Marcos Siqueira Costa foi condenado a cinco anos e 20 dias de prisão, por associação criminosa e uso de documento falso, assim como sua esposa, Andrea Santos Mais – ela pegou quatro anos e três meses mais multa.

    Em novembro do ano passado o Tribunal do Júri já havia condenado o filho biológico de Flordelis, Flávio dos Santos Rodrigues, a 33 anos 2 meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado consumado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Além dele, Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo de Flordelis, também foi condenado por homicídio triplamente qualificado a nove anos de prisão em regime inicialmente fechado. Lucas é acusado de ter sido o responsável por adquirir a arma usada no assassinato do pastor.

    Derrota no STJ

    Na última terça-feira (26), a sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Flordelis. Em decisão unânime, a prisão preventiva da ex-deputada foi mantida. O subprocurador-geral da República, José Adonis, disse, durante a sessão, que Flordelis agiu de modo dissimulado, no modo como encobriu os fatos sobre o homicídio. Ainda segundo ele, ela mandou os próprios familiares executarem o marido.

    Relembre o caso

    O pastor Anderson do Carmo, de 42 anos, foi morto a tiros na madrugada de 16 de junho de 2019, na garagem da casa onde morava com a família em Pendotiba, na cidade de Niterói, região metropolitana do Rio.

    Flordelis e mais 10 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MP) pelo assassinato, em 2019, de Anderson do Carmo de Souza, então marido da parlamentar. Na época, a então parlamentar não teve sua prisão pedida por conta da imunidade parlamentar.

    Segundo o MP, dos 55 filhos biológicos e adotivos da pastora, sete estão envolvidos no crime, além de uma neta e outras duas pessoas. No documento, o MP também cita que, por diversas vezes, Flordelis tentou manipular as testemunhas do processo que investiga a morte de Anderson do Carmo. Dentre as acusações, também constam diversas tentativas de envenenamento do pastor.

    (*Com informações de Bia Puente e Camille Couto, da CNN, no Rio de Janeiro)

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