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    Jornalista trans relata ataque a carro durante programa de rádio na Bahia

    Alana Rocha, repórter e apresentadora da rádio Gazeta FM, em Riachão do Jacuípe, na Bahia, teve o veículo apedrejado

    Lucas RochaBeatriz Gabrieleda CNN , em São Paulo

    A jornalista Alana Rocha, repórter e apresentadora da rádio Gazeta FM, em Riachão do Jacuípe, na Bahia, relatou um ataque sofrido na quinta-feira (13), enquanto apresentava um programa.

    Em vídeo publicado no Instagram, a jornalista mostra que teve o carro apedrejado. O registro mostra que ao menos duas grandes pedras atingiram o veículo, deixando janelas e o para-brisa destruídos.

    “Tentaram quebrar esse vidro daqui. Olha pra isso, gente. Olha o que fizeram com o meu carro, saindo da rádio, eu estava apresentando programa, olha pra isso aqui que fizeram com meu carro. Gente, na porta da rádio”, narra a jornalista.

    A CNN entrou em contato com a Polícia Civil da Bahia sobre o ataque. Em nota, a polícia afirmou que a ocorrência foi registrada na quinta-feira e o caso é investigado pela Delegacia Territorial de Riachão do Jacuípe.

    Transfobia

    Mulher trans, Alana Rocha já foi vítima de outros casos de ameaça e transfobia. Em fevereiro, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou nota de repúdio aos ataques sofridos pela jornalista.

    Em 2021, a associação repercutiu um episódio de perseguição contra Alana. As imagens mostram um motociclista que passa ao lado do carro em que ela estava. Segundo Alana, o homem teria feito xingamentos transfóbicos, além de ter criticado o modo como ela realiza seu trabalho.

    A emissora Gazeta FM divulgou uma nota de repúdio ao ataque.

    “A emissora está acompanhando a apuração do caso junto aos órgãos competentes e dando apoio à jornalista que faz parte do nosso quadro de apresentadores. O jornalismo profissional é imprescindível para o funcionamento de qualquer regime democrático”, disse a emissora. “A liberdade de impressa e de expressão nunca foi tão desrespeitada. Atos violentos como esses são o exemplo claro disso. Mas a nossa missão é muito maior”, finaliza a nota.

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