“Jogo do Tigrinho” motivou operação que prendeu Deolane Bezerra, diz secretário
Defesa da influencer acredita em liberação nesta sexta-feira (6)
O Jogo do Tigrinho, um dos jogos de azar online mais populares da atualidade, está entre os motivos da deflagração da Operação Integration, realizada pela Polícia Civil de Pernambuco.
Segundo o secretário de Defesa Social do Estado, Alessandro Carvalho, a organização criminosa investigada trazia dinheiro de apostas ilegais e do jogo do bicho para fazer a lavagem de dinheiro.
Muito divulgado por influenciadores digitais, como Deolane Bezerra, o Jogo do Tigrinho causa impressão enganosa de investimento financeiro.
O secretário de Defesa Social de Pernambuco explica que uma das formas ilegais de captação de recursos da organização era o Jogo do Tigrinho, que nada mais é do que uma máquina caça-níquel online.
“Esse tipo de jogo tem um algoritmo que nunca o jogador vai ganhar, sempre quem vai ganhar é a casa de apostas. Então, o algoritmo é feito de maneira tal para ludibriar o jogador. Em alguns momentos ele ganha, mas no final sempre será a casa que vai ganhar. Ele [o jogo] dá um prêmio, mas ele toma muito mais e isso vira um círculo vicioso”, relata o secretário à CNN.
De acordo com o secretário, além do crime de lavagem de dinheiro, que pode ser de jogos ilegais, do tráfico de drogas ou de corrupção, o jogo se tornou também um problema social.
“Um jogador, antes, tinha que ir até uma casa, procurar uma máquina, e hoje não, ele joga no seu computador, joga no seu celular, e isso faz com que ele gaste o que tem, o que não tem e venda seu patrimônio, causando certos problemas financeiros, familiares e psicológicos. O jogo compulsivo destrói a pessoa e todos os que estão ao seu redor” reforça o secretário.
Pedido de liberdade
A equipe de advogados e familiares da empresária e influenciadora Deolane Bezerra tem grandes expectativas de que ela e a mãe dela, Solange Bezerra, saiam nesta sexta-feira (6) da prisão.
O grupo de advogados impetrou na quinta-feira (5) um habeas corpus e espera que, ainda hoje, o Tribunal de Justiça de Pernambuco julgue o recurso em favor de Deolane e Solange Bezerra. As duas estão presas na Colônia Penal Feminina do Recife, na zona oeste da capital pernambucana.