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    Isolamento social contribuiu para desaceleração em SP, diz infectologista

    Estado de SP é o epicentro do país com mais de 20 mil casos

    Em entrevista à CNN, nesta segunda-feira (27), o infectologista e membro do Comitê de Contingência da COVID-19 do Estado de SP Carlos Fortaleza, comentou sobre o quadro de evolução da pandemia e avaliou se há chance de ter uma segunda onda de contaminação de acordo com  o cenário brasileiro.

    “Podemos falar de achatamento de curva sim. Nós temos São Paulo como exemplo, que houve uma desacelaração. O número de pessoas que um índividuo pode contaminar caiu de 4, em fevereiro, para abaixo de 2 em agora em abril. Se nós conseguimos desacelerar em SP, foi graças a adesão do isolamento social. Nós estamos começando a ver uma migração da pandemia para o interior, o que é preocupante”

    “A possibilidade de uma segunda onda de contaminação é uma das grandes preocupações. Se olharmos para a Gripe Espanhola, por exemplo, ela teve a primeira onda em 2018 e, em 2019, teve uma segunda onda ainda mais forte. Por isso, quando pesquisadores dizem que ‘abrir a sociedade pós pandemia é apredenter a dançar, significa exatamente estar pronto para estas mudanças”, conta. 

    Questionado sobre a queda na taxa de isolamento para 52% na capital paulista, Fortaleza diz que embora 70% seja o ideial, estar na casa dos 50% tem dado fôlego ao sistema de saúde. “À medida que as pessoas se encontram – se tratando de um vírus que circula pelo ar – há uma possibilidade de aumentar a taxa de contágio. Embora 70% seja o ideal, 50% tem conseguido deixar o nosso sistema de saúde ainda capaz de responder às necessidades durante a pandemia”, explica 

    Quanto a possibilidade de flexbilização, o professor avalia que ‘ estamos aprendendo a dançar’ em relação ao novo coronavírus. “Estamos acompanhando indicadores e vendo o que é possível fazer para reabrir um pouco a vida social e a economia. No entanto, é sempre possível que tenhamos que retroceder adiante. E o que é mais complicado é que tudo que se faz hoje só vai repercutir daqui duas a três semanas”, completa. 

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