Investigadoras que acusaram delegado de assédio sexual na Bahia são transferidas
Transferências foram autorizadas pelo Gabinete da Delegada-Geral como parte de uma política institucional voltada à proteção das mulheres
Quatro servidoras da Polícia Civil da Bahia foram transferidas após denunciarem o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos por assédio sexual e moral. Todas estavam lotadas na 28ª Delegacia Territorial (DT) do Nordeste de Amaralina, em Salvador.
De acordo com a corporação, as transferências foram autorizadas pelo Gabinete da Delegada-Geral como parte de uma política institucional voltada à proteção das mulheres, em resposta ao início das investigações sobre as acusações. As investigadoras foram transferidas ao retornarem de uma licença médica.
As transferências ocorreram gradualmente entre os dias 12, 16, 18 e 22 de outubro.
Em nota enviada à CNN, a Polícia Civil destacou que a portaria estabelece ações para prevenir atos de violência contra servidoras da Polícia Civil. “Uma portaria mais recente, n° 307, de 28 de junho de 2023, reforça o compromisso da instituição em criar um ambiente de trabalho seguro, inclusivo e respeitoso, desenvolvendo estratégias de prevenção ao assédio moral e sexual”, detalhou o órgão.
A Polícia Civil acrescentou que as servidoras continuam recebendo acompanhamento psicológico.
Em resposta às denúncias, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia diz ter iniciado uma investigação rigorosa sobre o caso, com a Corregedoria da Polícia Civil liderando as apurações. Apesar do afastamento da delegacia, Antônio Carlos Magalhães Santos permanece no quadro de servidores da Polícia Civil até a conclusão das investigações.