Investigado pela CPI, Queiroga desvia da imprensa e sai pelos fundos de hospital
Na lista de Renan Calheiros, estão Queiroga, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo
Horas depois de se tornar investigado na CPI da Covid-19 no Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu pelos fundos do Instituto Nacional de Cardiologia sem falar com cerca de 20 jornalistas que o esperavam. Pra isso, a equipe de segurança do hospital foi mobilizada para parar o trânsito e os carros da comitiva ministerial estacionaram nas vagas de ambulâncias.
Os carros já estavam posicionados em frente ao Instituto, prontos para levar o ministro embora depois de compromisso oficial, mas para não falar com jornalistas ele teve que sair por uma rua lateral, onde é retirado o lixo hospitalar. Mais cedo, repórteres foram retirados e impedidos de entrar numa área do Instituto, vinculado ao Ministério, onde ele fez um pronunciamento sobre um programa de tratamento para cardiopatia congênita. Apenas fotógrafos e cinegrafistas tiveram acesso a uma espécie de varanda no segundo andar.
Queiroga participou da inauguração de cinco salas no Instituto ao lado de diretores do hospital. O veto a repórteres foi justificado pelo fato de que o espaço reservado para o pronunciamento era pequeno demais.
Mais cedo o ministro foi questionado pela CNN sobre a possibilidade de ser investigado pela CPI. Ele desviou dos repórteres dizendo “não estou preocupado com eles. Estou preocupado com o Brasil”.
A declaração foi dada antes do anúncio, pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), da lista de 14 pessoas que se tornaram investigadas pela comissão. Entre elas estão Queiroga, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.
O ministro da Saúde fica no Rio de Janeiro até domingo, onde tem tido uma série de compromissos em órgãos ligados ao Ministério além de encontros com autoridades locais.
