Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Investigação mostra que Flordelis usou celular do marido após o crime

    Relatório desconstrói a versão da parlamentar de que o celular de Anderson havia sido roubado

    Leandro Resende e Iuri Corsini, da CNN, no Rio

    Relatório de investigação da Polícia Civil do Rio revela que o celular do pastor Anderson do Carmo continuou sendo usado mesmo após sua morte, em 16 de junho de 2019. Na segunda-feira (24), a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) se tornou ré por arquitetar a morte dele, seu marido, e com quem mantinha uma família de 55 filhos adotivos. Obtido pela CNN, o relatório desconstrói a versão da parlamentar de que o celular de Anderson havia sido roubado. O aparelho foi usado para fazer ou receber ligações ao menos 37 vezes depois da morte do líder religioso.

    Segundo os investigadores, “isso é indício claro de que o aparelho realmente estava de posse da família da vítima, não tendo sido levado por pseudo-roubadores” – versão dada por Flordelis após o crime.

    Leia também:
    Relacionamento de Flordelis e pastor morto era ‘encenação’, afirma Polícia Civil
    Pastor Anderson foi internado quatro vezes por envenenamento, diz polícia
    Núcleo familiar de Flordelis formava organização criminosa, diz polícia

    Flordelis e Anderson do Carmo
    Flordelis e Anderson do Carmo
    Foto: Instagram/ Reprodução

    O celular foi usado em ligações de pelo menos um minuto, diversas vezes. A polícia identificou ligações que vão do dia 16 até o dia 29 de junho de 2019.

    À CNN, o delegado Alan Duarte, que conduziu a investigação, afirmou que o celular da vítima foi usado pela família para atrapalhar as investigações. “Depois de usado, o aparelho foi jogado fora pelos autores do crime”, disse.

    O relatório elucida um dos pontos considerados controversos da investigação – o envolvimento de Yvelise de Oliveira, esposa do senador Arolde de Oliveira (PSD), companheiro de partido de Flordelis.

    De acordo com a polícia, a versão dela – de que recebeu uma ligação do celular de Anderson horas antes dele ser morto, no dia do crime, está correta. Os investigadores concluíram que Flordelis estava com o celular da vítima, o qual não foi apresentado nem localizado até o momento.

    Antes, a Polícia Civil tentou entender como o chip do telefone de Yvelise teria sido implantado no aparelho de Anderson do Carmo e conectado à rede Wi-Fi da casa de Yvelise. Nesta segunda análise, no entanto, a Polícia descartou qualquer relação entre a esposa de Arolde de Oliveira e o crime, em virtude de um “erro” do primeiro responsável pela análise do material.

    Tópicos