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    Internações de pedestres atropelados crescem 13% em 2023, diz levantamento

    Associação Brasileira de Medicina do Tráfego pede implementação de políticas efetivas para prevenir acidentes

    Movimentação de carros e pedestres na avenida Paulista, em São Paulo
    Movimentação de carros e pedestres na avenida Paulista, em São Paulo Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    Renato Pereirada CNN

    em São Paulo

    O número de internações de pedestres atropelados no Brasil apresentou um crescimento de 13% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), divulgado na terça-feira (8).

    De acordo com a pesquisa, houve aumento no número de pedestres gravemente traumatizados em 12 estados. Goiás apresentou o maior aumento em termos absolutos, com um crescimento de 1.124 internações no último semestre. São Paulo aparece na sequência, com um aumento de 623 internações e Minas Gerais com um acréscimo de 257 internações.

    Em termos proporcionais, a Região Sudeste, liderada por São Paulo com um aumento de 25%, teve o maior número de internações, seguida de perto pela Região Centro-Oeste, que registrou um aumento de 18% nas internações. Minas Gerais e Rio de Janeiro, também na Região Sudeste, viram aumentos de 12% e 10%, respectivamente.

    No Sul do Brasil, o Paraná apresentou um aumento expressivo de 56% nas internações. Na Região Norte, apesar de uma redução geral de 6%, o Amazonas apresentou um aumento notável de 70%.

    Apesar da diminuição nas internações de pedestres entre os mais jovens, menores de 15 anos, há um aumento preocupante nas faixas etárias mais avançadas. É particularmente notável o aumento nas internações entre indivíduos de 60 a 69 anos, que viram um aumento de 37,9% de 2022 para 2023.

    Pessoas com idade entre 70 e 79 anos e a com 80 anos ou mais também apresentaram aumentos significativos de 26,6% e 34,2%, respectivamente.
    Entre os jovens e adultos, a faixa dos 50 aos 59 anos registrou um aumento de 21%. O grupo de 15 a 19 anos e os de 30 a 39 e 40 a 49 anos também viram aumentos, respectivamente, de 9,4% e 9,9%. O grupo de 20 a 29 anos teve um modesto aumento de 1,5%.

    “A situação está se agravando e precisamos trabalhar com afinco para proteger os mais vulneráveis no trânsito, os pedestres. É fundamental que melhoremos nossas infraestruturas de trânsito e implementemos políticas efetivas para prevenir acidentes e reduzir esses índices alarmantes”, disse o presidente da Abramet, Antonio Meira.

    Veja também: População indígena no Brasil quase dobra em 12 anos

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