Instituto investiga mancha em praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio
Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o fenômeno é resultado de uma variação das marés e o banho de mar não é recomendado na região


O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) investiga uma mancha que surgiu no Canal da Joatinga, zona oeste do Rio, e que atingiu a praia da Barra da Tijuca nesta quinta-feira (20). As imagens foram feitas de helicóptero pelo biólogo Mário Moscatelli. Segundo ele, a mancha tem cianobactérias que, em altas quantidades na água, liberam toxinas nocivas a órgãos como o fígado e os rins.
“É infelizmente um acontecimento que se repete a cada verão. Em virtude do lançamento generalizado de esgoto nas lagoas da Baixada, as cianobactérias encontram as condições ambientais ideais para a proliferação durante o verão. E durante a maré baixa todo o esgoto que é gerado e lançado dentro das lagoas, escoam para a praia da Barra. Por isso, se água apresentar coloração verde abacate, evite a água, principalmente nos trechos do Quebra-mar e do Pepê”, disse o biólogo.
De acordo com o Inea, a mancha que atingiu a praia da Barra da Tijuca é resultado de uma variação das marés que ocorreu nos últimos dias. O instituto ainda esclareceu que o fenômeno é comum durante a fase de maré baixa, mas que o banho de mar nesse trecho da orla não é recomendado durante o período de baixa-mar. O órgão ambiental irá realizar uma vistoria no local para coleta de amostras de água para análise.
O Inea também apura o vazamento de óleo no mar da Praia da Bandeira, na Ilha do Governador, na Zona Norte. A denúncia foi feita pela ONG Movimento Baía Viva. O presidente da instituição, Sérgio Ricardo, foi quem pediu ao Instituto uma vistoria técnica no local. Segundo ele, também foi solicitado o acionamento do Plano de Emergência da Baía de Guanabara, para que a origem da mancha seja investigada.
“Nos últimos dias o Baía Viva tem recebido outras denúncias de moradores e pescadores da região sobre a presença de óleo também na praia da Engenhoca. Essa região tem sido constantemente impactada por derramamento de óleo. Há risco de deslocamento da mancha para o manguezal do rio Jequiá, no bairro Zumbi, que é uma área de proteção ambiental”, afirmou Sérgio Ricardo.
Segundo o Inea, o órgão realiza o monitoramento da balneabilidade das prais das zonas oeste e sul do Rio de Janeiro duas vezes por semana. O instituto reforça que “a comunicação ao órgão ambiental deve ser imediata para efetiva adoção das medidas cabíveis”.
