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    Informações distorcidas levam a crer que aqui é terra sem lei, diz prefeito de Atalaia do Norte

    Indigenista Bruno Pereira e jornalista britânico Don Phillips desapareceram na região em 5 de junho

    Anna Gabriela CostaVinícius Tadeuda CNN , em São Paulo

    O prefeito de Atalaia do Norte (AM), Denis Paiva (União Brasil), falou à CNN nesta segunda-feira (13) sobre os impactos que a cidade vem sofrendo após o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Don Phillips na cidade. De acordo com o chefe do Executivo, o município não tem histórico de violência. Ele afirmou que “informações distorcidas” prejudicam a região.

    “Aqui acontece um caso isolado e é preocupante para nós estarmos em toda essa mídia, no olho do furacão com notícias negativas. Temos que nos preocupar com um episódio lamentável. Informações distorcidas levam a acreditar que aqui é terra sem lei, isso é mentira”, disse.

    Em uma coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (8), o superintendente regional da Polícia Federal do Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, afirmou, no entanto, que trata-se de uma região perigosa, especialmente por questões envolvendo tráfico de drogas, exploração ilegal de madeira e garimpo.

    Quando comunicou o desaparecimento, a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) citou supostas ameaças sofridas pela dupla.

    “A gente não tem histórico de violência, não tem madeireiros. Eu não conheço outro tipo de atividade ilegal. Temos uma atuação policial que dá conta da segurança do município, juntamente com nossa Secretaria de Segurança Pública. A questão da fronteira é responsabilidade do governo federal. Ali é um outro contexto. Quem tem que cuidar e buscar a ordem e a segurança é o governo federal”, afirmou Paiva.

    Oito dias após o desaparecimento do indigenista e do jornalista inglês Dom Phillips na região do Vale do Javari, área do município de Atalaia do Norte, equipes continuam nas buscas e investigações sobre o caso.

    Eles desapareceram quando faziam o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael até Atalaia do Norte. A área faz parte do Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país e local da maior concentração do mundo de povos isolados.

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