Informação ajuda a combater invisibilização de bissexuais, diz atriz Ana Hikari
À CNN Rádio, Ana Hikari afirmou que “não é com quem ela troca de saliva que define a orientação sexual”
A próxima sexta-feira (23) marca a comemoração do Dia da Visibilidade Bissexual.
A data funciona para explorar questões enfrentadas por pessoas bissexuais dentro e fora da comunidade LGBTQIA+.
Em entrevista à CNN Rádio, no quadro No Plural +, a atriz Ana Hikari afirmou que “quem é bissexual também sofre preconceito.”
“Essa questão de não admitir que existe é a invisibilização da nossa existência, por isso a importância de ter esse dia, para falar que a gente está aqui, é importante essa discussão”, disse.
Ela conta que decidiu falar publicamente sobre a sua orientação sexual justamente para informar as pessoas.
Segundo Hikari, ela cresceu achando que “ser hétero era certo”, mas que sempre teve sentimentos mulheres e sentia falta de ter uma referência pública bissexual.
“Na adolescência, que eu mais questionava minha sexualidade, se eu tivesse referência de pessoa pública, talvez tivesse sido mais fácil, eu entenderia que comentários preconceituosos não precisavam me abalar, porque era normal minha existência.”
Ana avalia que “cada vez que uma pessoa pública fala sobre isso é para comunicar que a existência dela é válida, é o que eu tento fazer, levar informação, falar para as pessoas que a gente é normal também.”
A atriz rechaça a frase de que ser bissexual é “apenas uma fase”.
“Essa fala é equivocada, como se a pessoa que eu estou me relacionando naquele momento definisse minha orientação sexual, não é a saliva que eu troco que define isso.”
Dentro da comunidade LGBTQIA+, Ana Hikari também vê que falta espaço para a bissexualidade ser tratada como prioridade: “É necessário que se olhe com empatia para as outras letras da sigla”.
