Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Influenciador recupera capivara Filó após ser autuado pelo Ibama

    Tiktoker havia anunciado a entrega do mamífero ao Ibama na última quinta-feira (27)

    Carolina FerrazThais Magalhãesda CNN

    A capivara Filó voltou a viver com o influenciador e tiktoker Agenor Tupinambá neste domingo (30), após decisão da Justiça Federal do Amazonas.

    O influenciador havia anunciado a entrega do mamífero ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última quinta-feira (27).

    O animal havia sido recebido no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) após a autuação.

    Todavia, diante da suspeita de que Filó não estivesse em condições adequadas, uma comissão parlamentar impetrou mandado de segurança pedindo autorização para averiguar o local em que a capivara estava vivendo.

    Médicos Veterinários estiveram no local e elaboraram laudo que constatou uma série e irregularidades. Diante disso, a Justiça deferiu na madrugada deste domingo a guarda provisória da capivara Filó ao tiktoker.

    Liberação do animal causou comoção

    Na noite do sábado (29), o Ibama havia publicado nota afirmando que não havia decisão judicial em prol da devolução do animal. O documento apontava haver apenas autorização para avaliação das condições do Cetas.

    “O objetivo do Ibama após avaliação técnica é devolver a capivara à natureza, garantindo o seu bem-estar e o cumprimento da lei”, esclarecia o material.

    A decisão que garantiu o retorno de Filó é posterior à nota do Ibama.

    A deputada estadual amazonense Joana Darc usou suas redes sociais para afirmar que o Ibama apresentou resistência em cumprir a decisão judicial de entregar o roedor.

    Na sequência, porém, o animal foi liberado.

    Posteriormente, no domingo (30), o órgão expôs “que repudia a intimidação praticada contra seus servidores neste sábado (29), em uma clara tentativa de deslegitimar a atuação do Instituto no cumprimento da legislação ambiental”.

    “Agenor foi autuado em R$ 17 mil por diversos crimes ambientais, entre eles matar espécie da fauna silvestre (preguiça real), praticar abuso (capivara) e manter em cativeiro para obter vantagem financeira (capivara e papagaio)”, continuou o Ibama.

    Entenda o caso

    Na última semana, o influencer revelou nas redes sociais que  foi notificado pelo Ibama, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, em relação ao animal, espécie que é protegida pela lei brasileira.

    O instituto pediu que fossem excluídos todos os vídeos em que a capivara aparecia e também multou o jovem em R$ 17 mil.

    Em resposta aos questionamentos da CNN, a assessoria de Agenor informou que, entre outros motivos para as notificações, o Ibama apontou: “Utilização de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão da autoridade ambiental competente”, “Exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso e irregularmente em cativeiro” e “Prática de ato de abuso contra animal silvestre”.

    Além das multas e da retirada dos vídeos, Agenor também foi intimado a entregar a Filó em até uma semana, medida que deixou o amazonense abalado e revoltou seus seguidores.

    Capivaras são protegidas por legislação

    Por serem espécies nativas do Cerrado brasileiro, as capivaras são protegidas pela Constituição federal. No site do Ibama, é possível ler o seguinte: “Assim como toda a fauna silvestre, as capivaras são protegidas pela constituição federal e outras legislações brasileiras, sendo obrigação do estado garantir a sua preservação e ocorrência natural.”

    Tópicos