Indígenas alteram local de protesto contra o marco temporal após decisão judicial em SP
A Justiça entendeu que a manifestação não poderia impedir a circulação de pessoas e nem colocar em risco a integridade física dos participantes
![Após a Justiça estadual proibir o ato religioso do povo Guarani, os Guarani da Terra Indígena Jaraguá realizam neste domingo (04), na própria reserva que habitam, uma caminhada manifesto pela vida. A manifestação ocorre depois do ato na Rodovia dos bandeirantes, no último dia (30), na luta contra o PL 490, onde foram dispersados pela Polícia Militar Após a Justiça estadual proibir o ato religioso do povo Guarani, os Guarani da Terra Indígena Jaraguá realizam neste domingo (04), na própria reserva que habitam, uma caminhada manifesto pela vida. A manifestação ocorre depois do ato na Rodovia dos bandeirantes, no último dia (30), na luta contra o PL 490, onde foram dispersados pela Polícia Militar](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/06/ENQ20230604026.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Um grupo de indígenas e ativistas realiza hoje (4) um ato denominado “Caminhada Pela Vida”, com o intuito de se manifestarem contrários ao marco temporal e a aprovação do PL 490/07, que tramita no Congresso Nacional. Inicialmente a ação aconteceria na Rodovia dos Bandeirantes, mas a Justiça paulista proibiu a realização do protesto no local.
A Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), organização indígena que congrega coletivos do povo Guarani das regiões Sul e Sudeste do Brasil, chegou a divulgar o ato em suas redes sociais. Eles promoveriam uma caminhada na Rodovia dos Bandeirantes. Segundo eles, a iniciativa retomaria a manifestação interrompida pela polícia na terça (30).
A Justiça de São Paulo proibiu a realização da caminhada na Rodovia dos Bandeirantes em decisão proferida durante o plantão judiciário de sábado (3). De acordo com a relatora Maria Lúcia Pizzotti, caso os manifestantes descumprissem a ordem, seriam multados em 20 mil reais.
A Justiça entendeu que a manifestação não poderia impedir a circulação de pessoas e nem colocar em risco a integridade física dos participantes.
“Importante lembrar que não se está negando o direito de manifestação de qualquer cidadão, garantido constitucionalmente, mas apenas que seja exercido em local adequado e que ofereça condição de segurança tanto aos manifestantes quanto à população que utilize o local em que a manifestação será realizada, o que não aconteceria caso a manifestação fosse realizada no local como pretendido”, argumentou a relatora.
Após a decisão, os organizadores decidiram alterar o local da manifestação. O grupo se reuniu pela manhã na Vila Clarice, na zona norte da capital paulista, e caminha até o Pico do Jaraguá.
A Polícia Militar acompanha o percurso.
A corporação informou que está na região para garantir a mobilidade viária e a segurança dos envolvidos.