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    Incêndios no Pantanal aumentam quase 900% e região totaliza maior índice desde 2020, diz WWF-Brasil

    Levantamento mostra que bioma registrou 880 focos de queimadas apenas nos primeiros 5 meses de 2024

    Thiago Félixda CNN

    São Paulo

    O Pantanal sofre com a falta de chuvas na região. Análise da ONG WWF-Brasil, segundo dados disponíveis do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que o bioma registrou 880 focos de queimadas em 2024, crescimento de quase 900% em comparação ao mesmo período do ano passado.

    As chuvas estão abaixo das médias históricas, o que afeta diretamente o ecossistema, possibilitando mais focos de incêndios. A quantidade acumulada nos primeiros cinco meses deste ano é a segunda maior dos registros nos últimos 15 anos de levantamento, ficando atrás apenas de 2020.

    “Felizmente, todos os setores e a sociedade pantaneira estão alertas porque têm consciência de que se nada for feito, há possibilidade da repetição de grandes incêndios. É preciso atuar rapidamente reforçando as brigadas e contando com o apoio das comunidades locais para evitar uma catástrofe”, afirma Cyntia Santos, analista de conservação do WWF-Brasil.

    O Pantanal está em estado de alarme com incêndios recordes desde o fim de 2023, o fenômeno climático El Ninõ impulsionou a seca extrema no bioma.

    De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) do governo de Mato Grosso do Sul, as chuvas do início do ano, giravam em torno de 600 e 800 milímetros, índice consideravelmente menor que a média de 1.400 mm para o período.

    “A conversão e o desmatamento do Cerrado geram desequilíbrios para a Amazônia e o Pantanal, afeta a disponibilidade hídrica em outros ecossistemas, contribui para secas, aumento das queimadas, ondas de calor e até tempestades, como as que afetaram o Rio Grande do Sul”, disse Daniel Silva, especialista em conservação do WWF-Brasil.

    Amazônia

    Na Amazônia foram registrados 10.647 focos de queimadas nos primeiros 5 meses deste ano, aumento de 107% em comparação aos cinco primeiros meses de 2023, equivalente a um número 131% superior à média dos três anos anteriores nesse período.

    Os estados de Roraima e Mato Grosso concentram a maioria dos focos de incêndio no bioma amazônico em 2024, entre janeiro e maio, quase 80% das queimadas ocorreram em ambos estados, na sequência vem o Pará totalizando 12% do total.