Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Paulista que morreu em desabamento em Pipa largou emprego para ficar na natureza

    Hugo Mendes Pereira era um paulista de Jundiaí que amava a natureza, a Brisa e o Sol

    Anna Satie, da CNN em São Paulo

    Família falesia pipa
    Hugo Mendes Pereira, Stela Souza e o bebê Sol, que morreram em desabamento em Pipa, RN
    Foto: Reprodução/Facebook

    Um casal e uma criança estavam na sombra de uma falésia na Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (17), quando parte da rocha desabou e os soterrou.

    Eram o paulista de Jundiaí Hugo Mendes Pereira, a potiguar Stela Souza e o filho deles de sete meses, Sol.

    Leia também:

    Falésia desaba e mata 3 pessoas na praia de Pipa, no Rio Grande do Norte

    As Defesas Civis do estado e de Tibau do Sul, cidade que abriga a praia, ainda vão inspecionar a partir desta quarta (18) o que causou o desmoronamento.

    O que levou a família à praia é parte de uma história que Hugo contou em rede social.

    Ele narra que, há cinco anos, tinha um trabalho estável e bem remunerado no empresa América Móvil, grupo proprietário da Claro, Net e Embratel. “Sair parecia loucura, saí pela porta da frente e deixei aberta”, lembrou.

    Hugo contou que, desde então, passou por cinco continentes e 24 estados do Brasil. Chegou à Pipa quando sua cachorrinha, Brisa, de quase 14 anos, adoeceu. Quando ela, enfim, morreu, ele disse que a viagem perdeu o sentido. “Fiquei muito triste, me senti fraco e impotente”, escreveu.

    No entanto, para ele, a morte do animal ganhou sentido depois de um ano. “Ela me trouxe até aqui [Pipa] e aqui me apaixonei como nunca”, narrou. “E desse amor surgiu uma nova vida, nosso filho”.

    Além da família, Hugo e Stela também partilhavam a administração de uma pousada na praia, a Morada da Brisa — mesmo nome da cadelinha. De acordo com a descrição que escreveram, o local conta com área de camping, quartos e “terapias holísticas”.

    Em julho, eles escreveram que, por conta da pandemia, a pousada voltaria a abrir para visitantes em dezembro.

    “Hoje, eu ganho menos de 1/4 do que 5 anos atrás”, contou Hugo nas redes sociais. “Incrível como vivo mais que o dobro. A vida não é matemática. Mas uma coisa é certa, o tempo não volta”. 

    Tópicos