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    Homem endividado forja próprio sequestro e acaba preso por estelionato no Rio

    Farsa foi descoberta pela Polícia Civil durante depoimento da suposta vítima

    Falsa vítima chega à Delegacia Antissequestro do Rio de Janeiro
    Falsa vítima chega à Delegacia Antissequestro do Rio de Janeiro Polícia Civil/Divulgação

    Isabelle Salemeda CNN

    Um homem de 25 anos foi preso em flagrante, na noite da última terça-feira (16), após forjar o próprio sequestro no Rio de Janeiro. Ele alegou que estaria precisando de dinheiro para quitar dívidas feitas com apostas esportivas. 

    Ele também simulou um falso cativeiro, no Complexo do Alemão, comunidade da zona norte da capital, e pagou um comparsa para o agredir, a fim de dar credibilidade à narrativa.  

    Segundo a Polícia Civil, para convencer a família de que realmente tinha sido raptado, Deyverson Santos enviou um vídeo em que aparece em uma espécie de matagal, amarrado com os braços para trás e amordaçado.

    Ainda de acordo com as investigações, o pedido inicial de resgate à família foi de R$ 100 mil. Como não houve resposta, Deyverson baixou o valor para R$ 40 mil. Preocupados, familiares procuraram a polícia. 

    A Delegacia Antissequestro, então, montou uma operação de resgate à suposta vítima, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), na última terça-feira (16).

    A farsa só foi descoberta durante o depoimento da suposta vítima aos policiais. Além de confessar o crime, ele contou que tinha o objetivo de arrecadar dinheiro para pagar dívidas obtidas em apostas eletrônicas de futebol. Deyverson foi autuado em flagrante pelo crime de estelionato, sem direito à fiança.

    “Quando ele chega na delegacia, ainda como vítima, nós possuímos um protocolo de investigação e na primeira técnica de entrevista ele já entrou em várias contradições e decidiu, então, confessar. E a conduta dele poderia ter sido muito mais gravosa. Nós mobilizamos todo um efetivo de uma unidade especializada, fizemos diversas diligências ao longo desses dois dias, inclusive com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais, ocasião em que os traficantes nos receberam com diversos disparos de arma de fogo. (…) A conduta dele foi muito gravosa, tanto do ponto de vista moral quanto do ponto de vista penal”, explicou o delegado William Pena. 

    Os investigadores também identificaram o comparsa de Deyverson e avaliam pedir a prisão dele. Além de simular a agressão e fazer os vídeos enviados à família, ele emprestou a conta corrente para o recebimento do resgate.