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    “Há a possibilidade de outras minas subirem até a superfície”, diz especialista

    Mina da Braskem, na capital alagoana, rompeu no início da tarde do domingo (10); área já estava isolada e em monitoramento

    Thiago FélixDuda Cambraiada CNN

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (11), o engenheiro civil e geotécnico Abel Galindo, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), afirmou que o colapso da mina 18 da Braskem, em Maceió, na tarde deste domingo (10) foi um evento isolado e que há possibilidade de outras minas subirem até a superfície no próximo ano.

    Segundo o engenheiro, as minas não estão perto o suficiente uma das outras para desenvolver um fenômeno em cadeia. Ainda de acordo com Abel, quando uma mina chega à superfície, parte dela já está preenchida.

    “O aterro das minas é um processo de injeção de areia bombeada que vai até o fundo, isso demora muito. Essas minas levaram três anos para serem preenchidas de areia”, informa.

    O professor explica que uma mina é como uma caverna, e o colapso se dá quando o teto acaba desabando devido ao diâmetro exagerado. “Quando essas minas chegam na superfície, elas já estão quase que cheias, 90% já preenchida de pedras, consequência do teto que desabou”.

    “Tem outras minas onde pode acontecer o mesmo, mas se acontecer, não vai ser nada de extraordinário. Tudo isso porque a Braskem exagerou no tamanho do diâmetro”.

    O que diz a Defesa Civil de Maceió

    A Defesa Civil de Maceió confirmou que a mina 18 da Braskem sofreu um rompimento às 13h15 deste domingo e ressaltou que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas. O órgão acompanha a movimentação do solo no local.

    O que diz a empresa

    A Braskem reiterou a informação de um movimento atípico da mina às 13h15 de ontem e ressaltou que todo o entorno já está esvaziado. “As autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas’, concluiu em nota.

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