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    Greve em SP: saiba o que reivindicam os sindicatos participantes

    Caso seja confirmada, paralisação deverá afetar, principalmente, os serviços do metrô e da CPTM

    Fábio Munhozda CNN , Em São Paulo

    Sindicatos de diversas categorias que representam o funcionalismo do estado de São Paulo prometem uma paralisação para esta terça-feira (28). Entre os principais serviços que deverão ser afetados estão o metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

    Além dos transportes, a expectativa é de que também haja paralisações em escolas da rede estadual de ensino e no atendimento da Sabesp.

    Nota conjunta assinada pelas entidades organizadoras informa que o movimento é contra a privatização de empresas públicas como Sabesp, CPTM e Metrô. Os manifestantes também pedem a “reestatização dos serviços públicos privatizados” e o fim das terceirizações.

    Os organizadores cobram também a reintegração dos metroviários que foram demitidos após a greve da categoria em outubro.

    Os sindicatos e movimentos sociais participantes ainda reivindicam uma “educação pública gratuita, inclusiva e de qualidade para os filhos e filhos da classe trabalhadora”, além de protestar contra “corte de verbas na educação”.

     

    As entidades que participam do movimento estão organizando um protesto para as 15h desta terça em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo.

    O governo de São Paulo e o Sindicato dos Metroviários devem participar de uma audiência de conciliação realizada pela Justiça do Trabalho na tarde segunda.

    Ponto facultativo

    O governo de São Paulo anunciou nesta segunda que irá decretar ponto facultativo no estado para a terça-feira. O objetivo é tentar minimizar os impactos da greve à população.

    O governo garante que “os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça”.

    “As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo”, acrescenta o governo.

    Governo aciona a Justiça

    O Palácio dos Bandeirantes acionou a Justiça para tentar garantir o funcionamento dos trens e do metrô.

    O pedido de tutela antecipada protocolado tenta garantir a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

    O governo afirmou, por meio de nota, que “age para que a população não seja prejudicada” e que “a greve é motivada por interesses políticos e a pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas”.

    “A irresponsabilidade dos grevistas afeta 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista, cujo exame começaria no dia 28 e teve que ser adiado para que nenhum aluno seja prejudicado”, diz o governo.

    Veja algumas das entidades que apoiam a paralisação

    • Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo)
    • CPP (Centro do Professorado Paulista)
    • CSP Conlutas
    • CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
    • CUT (Central Única dos Trabalhadores)
    • Força Sindical
    • Intersindical
    • Sindicato dos Metroviários de São Paulo
    • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo
    • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil
    • Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo)
    • UNE (União Nacional dos Estudantes)

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