Greve de motoristas de ônibus em São Paulo pode ser suspensa, indica sindicato
Negociações entre sindicalistas e empresários têm evolução; paralisação foi anunciada para sexta-feira (7)
A paralisação do transporte público de ônibus em São Paulo (SP), prevista para esta sexta-feira (7), pode ser suspensa após negociação entre o Sindicato dos Motoristas e sindicato patronal.
Edvaldo Santiago da Silva, presidente do SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), indicou a possibilidade de suspensão da greve.
Os sindicalistas aguardam condições favoráveis de negociação com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss).
O sindicato participou de audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O resultado desse encontro será submetido à votação pelos trabalhadores da categoria nesta quinta-feira (6).
À CNN, o sindicato declarou que vê com bons olhos a intermediação do Executivo Municipal e da Câmara Municipal, considerando isso um aspecto positivo no processo de negociação.
A entidade demanda um reajuste salarial de 3,69%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um aumento real de 5%, além da reposição das perdas salariais acumuladas durante a pandemia, estimadas em 2,46%.
Na terça-feira (4), a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans e da Procuradoria Geral do Município (PGM), entrou com uma ação na Justiça solicitando a manutenção de 100% da frota de ônibus nos horários de pico e, ao menos, 80% da frota nos demais horários na sexta-feira, sob pena de multa diária.
Veja nota do TRT-2
O Sindicato dos motoristas concordou em fazer uma nova assembleia amanhã, 6/6, às 10h, para deliberar sobre uma cláusula de paz sugerida pelo TRT-2 e defender a suspensão da greve para seguir com negociações. Ficou definido que o relator, desembargador Davi Furtado Meirelles, aguardará o resultado da assembleia. Se mantida a greve, decidirá sobre a Tutela Cautelar solicitada. Caso o sindicato aprove a continuidade das negociações, ficará presumida a aceitação da cláusula de paz.
*Sob supervisão de André Rigue