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    Governo eleva nível de preocupação com RN mas não quer envio das Forças Armadas

    Ministro da Justiça afirmou nesta noite que não vê razão para decretar GLO, o que colocaria militares nas ruas; para Flávio Dino, "crise está em processo de controle"

    Basília Rodriguesda CNN

    em Brasília

    O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta noite no Rio Grande do Norte que não vê razão para decretar Garantia da Lei da Ordem (GLO) no estado, o que mobilizaria a ação de militares.

    Seguindo orientação do presidente da República, o ministro foi neste domingo (19) até o local depois de quase uma semana da onda de violência abater Natal e outros municípios do estado.

    Dino classificou a situação de emergencial e disse que o que for necessário será feito.

    Apesar do envio de tropas da Força Nacional e, segundo o ministro, do uso de R$ 5,3 milhões nas ações de apoio do governo federal na segurança e no sistema penitenciário do estado, o Rio Grande do Norte continua sendo palco de desordem, em que bandidos colocam fogo em prédios públicos e privados desde a madrugada de terça-feira (14).

    Para o ministro, o reforço de policiais continua, o que não inclui o uso de militares. “Forças Armadas fazem guerra, defesa da soberania, guerra externa. Só coloca Forças Armadas na segurança pública quando há colapso absoluto da segurança. Não estamos aqui para sermos irresponsáveis, fazer fake news, espetáculo político. Espero que não seja necessário GLO para resolver o problema, se for faremos”, afirmou.

    Neste domingo, o presidente Lula conversou com a governadora do estado, Fátima Bezerra. O governo federal afirma que haverá envio de mais viaturas, armas e também a reestruturação do sistema penitenciário potiguar, com a construção de novas unidades. “Neste momento, o Rio Grande do Norte é prioridade nacional”, disse Flávio Dino.

    Perguntado, o ministro evitou falar nas razões que deram início à crise, disse que fará novo diagnóstico nesta noite com autoridades locais. Segundo ele, trata-se de uma “crise em processo de controle” e que “vem de razões estruturais de longa data”.

    Fátima Bezerra está em seu segundo mandato consecutivo como governadora. Ela tem recebido pressão para demitir integrantes da Secretaria de Segurança Pública local, diante do descontrole.