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    Governo do RS diz que antecipará metade do 13º salário de servidores públicos

    Medida busca aliviar crise causada pelas chuvas de maio e injetar R$ 900 milhões na economia

    Imagem aérea de São Leopoldo em meio às chuvas no Rio Grande do Sul, em 4 de maio de 2024
    Imagem aérea de São Leopoldo em meio às chuvas no Rio Grande do Sul, em 4 de maio de 2024 Digue Cardoso/Prefeitura de São Leopoldo

    Thomaz Coelhoda CNN*

    São Paulo - SP

    O governo do Rio Grande do Sul anunciou que depositará, nesta sexta-feira (7), metade do 13º salário para servidores públicos estaduais.

    A antecipação de 50% do direito, inicialmente prevista para ocorrer até 15 de junho, foi viabilizada uma semana antes devido à crise enfrentada pela população gaúcha em decorrência das enchentes de maio.

    O pagamento, que representa cerca de R$ 900 milhões, beneficiará mais de 350 mil vínculos de servidores ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo.

    O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa sobre novos aportes de recursos para as áreas de saúde e educação, totalizando mais de R$ 46 milhões. Com outras ações, os investimentos chegam a R$ 751 milhões em recursos do Tesouro do Estado.

    “Muitos servidores também foram atingidos, assim como boa parte da população gaúcha. Essa antecipação é uma forma de dar condição àqueles que foram mais afetados”, afirmou o governador Eduardo Leite.

    Ele destacou que a medida também ajudará economicamente as comunidades afetadas pelas chuvas.

    Além disso, na quarta-feira (5), o governo disse que pagará uma folha suplementar para ajustes em alguns contracheques que apresentaram pendências em gratificações devido à indisponibilidade dos sistemas em determinados dias.

    Impacto das enchentes na economia

    A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) estima que serão necessários entre R$ 110 bilhões e R$ 176 bilhões para a reconstrução da infraestrutura perdida no estado devido às chuvas.

    Esse montante é superior aos R$ 100 bilhões gastos nos últimos 30 anos em desastres ambientais no Brasil.

    O estudo da Federasul, baseado em dados do governo federal e do Fundo Monetário Internacional (FMI), destaca que a falta de dados dificulta uma análise mais precisa. Contudo, a catástrofe climática já está impactando a economia gaúcha.

    Segundo o vice-presidente da Federasul, Fernando Marchet, o crescimento projetado de 4% para 2024 foi revisto para uma queda de 0,77%.

    Em um cenário pessimista, essa queda pode chegar a 2%. “É uma redução significativa, com potencial de agravar ainda mais”, afirmou Marchet.