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    Governo do Rio abre licitação para a compra de freezers para vacina Pfizer

    Equipamento tem capacidade de armazenamento de 70 graus negativos para receber os imunizantes

    Thayana Araujo e Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro



     

    O governo do Rio de Janeiro já está em fase de licitação para a compra de 50 freezers com capacidade de armazenamento de 70 graus negativos para as vacinas da Pfizer, uma das mais difíceis de condicionamento e logística. A informação foi dada pelo secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, à CNN, nesta segunda-feira (4). “O armazenamento da Pfizer é difícil. Abrimos licitação para a compra de 50 (freezers) mas não necessariamente compraremos os 50 de imediato. Vamos esperar o Ministério da Saúde liberar as vacinas e seus fabricantes para depois avaliar a necessidade de mais compras em caso de a Pfizer ser liberada”, disse.  

    Chaves explicou que conservar a vacina Pfizer a 70 graus negativos demanda um freezer que não sai por valor abaixo de R$ 200 mil. “Há quinze dias estamos (governo) pesquisando, mas cada empresário coloca seu preço e os valores são altos para abastecer o estado com a quantidade necessária desses ultras freezers”, completou. 

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    Vacina da Pfizer armazenada em freezer
    Vacina da Pfizer armazenada em freezer
    Foto: Marco Alpozzi/Dia Esportivo/Estadão Conteúdo

    Além dos freezers para armazenamento da Pfizer, o estado já começou o processo de compra de 163 câmaras refrigeradas que serão enviadas aos municípios fluminenses, para ajudar na montagem da infraestrutura local. O governo se prepara para receber as vacinas que serão distribuídas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), independentemente do fabricante. Caso o Ministério da Saúde adquira vacina da Pfizer, cuja logística é diferenciada, o governo confirma que estará equipado e pronto. 

    A equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde trabalha na ata por sistema de registro de preço para a compra de 50 ultra freezers que funcionam a menos de 70 graus desde meados de dezembro. Caso a vacina da Pfizer não seja liberada e distribuída pelo Ministério da Saúde, os equipamentos terão utilidade para laboratórios, outros imunobiológicos e unidades que realizam transplantes. “Ainda que o Ministério da Saúde não libere a Pfizer, a compra não será em vão, vamos usar os freezers em setores importantes da saúde como Hemorio, Laboratório Lacen, responsável por testes de Covid -19 e para ajudar em pesquisas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.           

    Para que a vacina Pfizer seja aplicada com segurança o imunizante precisa ser mantido num frigorífico de temperaturas ultrabaixas até seis meses ou até apenas cinco dias, entre os 2 e os 8 graus Celsius – um tipo de refrigeração comum nos hospitais. Após, a probabilidade de estragar é a mais certa.

    O governo do estado já tem infraestrutura para armazenamento e distribuição de doses de vacina, pois faz seguidamente grandes campanhas de imunização contra a gripe e muitas outras doenças. A Secretaria Estadual de Saúde recebe ainda essa semana o segundo lote com outras oito milhões de agulhas e seringas e já iniciou a readequação de toda a sua estrutura de logística, inclusive as de armazenamento e distribuição das doses de vacinas que não necessitam da temperatura de conservação como o caso da vacina de Oxford, mais barata e fácil de armazenar.

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    Já a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS-RJ) informou que está, junto com o Estado e o Governo Federal, avaliando e providenciando os locais de armazenamento e transporte das vacinas. Ou seja, ainda não há locais destinados para que sejam armazenadas as vacinas contra a Covid-19, quando estas estiverem disponíveis. Isso deverá ocorrer, conforme informado pela SMS, dentro de “alguns poucos dias”.

    O Plano de Contingência do RJ prevê parcerias com Defesa Civil estadual, Corpo de Bombeiros Militar, Forças Armadas e de Segurança (Exército, Aeronáutica, Marinha, Polícias Federal, Civil e Militar); universidades e escolas públicas e privadas, associações de moradores, instituições religiosas, órgãos públicos como Detran, shoppings, aeroportos, entre outras estruturas.

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