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    Governo de SP dará alerta para evasão escolar após alunos faltarem a aulas por 3 dias seguidos sem justificar

    Controle da frequência escolar poderá levar a acionamento do Conselho Tutelar e da Vara da Infância e Juventude

    Ana Coelhoda CNN* , São Paulo

    O governo de São Paulo publicou, no Diário Oficial desta quarta-feira (06), medidas adicionais para lidar com a frequência escolar nas escolas estaduais de São Paulo.

    Os procedimentos para lidar com faltas não justificadas, agora, começarão a partir de três faltas consecutivas.

    De acordo com as novas diretrizes, as escolas deverão tomar medidas antes de cancelar a matrícula de estudantes que faltem às aulas sem justificativa.

    Além da intervenção do Conselho Tutelar, as direções das escolas podem acionar o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e o Sistema Único de Saúde (SUS) quando necessário.

    A escola deverá realizar o acompanhamento individualizado dos alunos, com atualização cadastral bimestral e monitoramento diário de frequência pela escola e Diretoria de Ensino, bem como o contato e a notificação de pais e responsáveis.

    As novas medidas foram divulgadas após a abertura de uma investigação pelo Ministério Público de São Paulo sobre a possibilidade de violação de direitos relacionados à matrícula de estudantes que acumulam mais de 15 faltas consecutivas.

    Os alunos com frequência irregular e um número excessivo de faltas terão a oportunidade de recuperação de aprendizagem e de conteúdo.

    Se os resultados não forem satisfatórios, a escola deve envolver colegiados auxiliares internos, como a Associação de Pais e Mestres, Grêmio Escolar, Conselho Tutelar, Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva), e produzir um relatório pedagógico situacional.

    O Conselho Tutelar e a Vara da Infância e da Juventude serão notificados apenas a partir de 10% de faltas não justificadas bimestralmente, o que equivale a um bimestre com 50 dias letivos.

    Em julho, o Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil público para investigar a Secretaria Estadual de Educação em relação ao cancelamento de matrículas de alunos com mais de 15 faltas consecutivas.

    Os promotores responsáveis pelo inquérito, João Paulo Faustinoni, Bruno Simonetti e Fernanda Cassiano, questionam se essa medida está em conformidade com o dever do Estado de garantir a educação básica.

    *Sob supervisão de Marcos Rosendo

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