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    Governo de SP anuncia fim da Operação Escudo, que deixou 28 mortos no litoral

    Ação policial em Guarujá teve início após o assassinato de um soldado da Rota

    Anne Barbosa

    Após 40 dias, o governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) o fim da Operação Escudo, iniciada no fim de julho no litoral paulista após o assassinato de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias (Rota) durante uma ação policial em Guarujá.

    O anúncio foi feito pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante uma entrevista coletiva.

    Vídeo: Defensoria Pública pede suspensão da Operação Escudo

    A Operação Escudo deixou ao menos 28 pessoas mortas. A última morte foi confirmada na segunda-feira (4). O caso, segundo a SSP, aconteceu durante um patrulhamento policial, em que houve tiroteio e tentativa de atingir os policiais, que acabaram se defendendo e atingindo o homem. O resgate foi acionado, mas quando chegou ele já estava morto.

    Segundo o Derrite, o litoral paulista continuará com o apoio da Operação Impacto, que estava em andamento na região antes da Operação Escudo. Com a mudança, os policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) que estavam no local para dar apoio voltarão para suas bases.

    “Mais do que um recado, é uma demonstração clara que o Estado não será afrontado em nenhuma ocasião aqui em São Paulo. Esperamos que operações como a Escudo não sejam necessárias, mas operações Escudo serão desencadeadas para garantir que não haja um Estado paralelo”, disse.

    Durante 40 dias de operação, 958 pessoas foram presas, sendo que 382 eram procuradas pela Justiça. Além disso, 117 armas de fogo e 977 quilos de drogas foram apreendidos.

    Questionado sobre o pedido da Defensoria Pública de São Paulo à Justiça para suspender a operação caso os policiais não usassem câmeras nas fardas, Derrite disse que não teve conhecimento sobre o fato.

    Troca no comando da Rota

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou também na segunda-feira a troca no comando da Rota.

    O então líder da unidade, tenente-coronel Rogério Nery Machado, foi substituído pelo tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi.

    De acordo com Derrite, as mudanças não têm relação com a Operação Escudo.

    “As trocas não têm absolutamente nada a ver com a Operação Escudo. Elas derivam da promoção do tenente-coronel Takahashi, que era major antes e foi promovido. Era um oficial que trabalha na Rota desde 2° tenente, 1° tenente, capitão, major. Estava dentro do cronograma do Comando-Geral da Polícia por ser um oficial extremamente experiente na condução das ações do policiamento da Rota. Uma pessoa que tem uma expertise muito grande”, explicou Derrite.

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