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    À CNN, governador em exercício do RS diz que são esperados mais eventos climáticos até setembro

    Gabriel Souza (MDB) relembrou que foram registrados três ciclones extratropicais em menos de um mês no estado e pediu que a população continue seguindo orientações da Defesa Civil

    Pedro Jordãoda CNN

    São Paulo

    O governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), relembrou que o estado foi atingido por três ciclones extratropicais em menos de um mês e destacou que outros eventos climáticos do tipo ainda são esperados para julho e até setembro.

    “Temos que ter atenção neste inverno porque, provavelmente, no mês de julho ainda, agosto e setembro, ainda teremos a possibilidade de ter novos eventos [climáticos]”, disse Souza em entrevista à CNN nesta quinta-feira (13).

    Ele destacou a importância da população seguir as orientações da Defesa Civil para que as autoridades possam proteger mais vidas. Diferentemente dos dois últimos ciclones que atingiram o Rio Grande do Sul, em junho e na semana passada, desta vez foi registrada apenas uma única morte.

    “O estado, como sempre, emite os alertas e, agora, a impressão que eu tenho é que, felizmente, temos, da parte da sociedade, uma acreditação maior nos alertas, uma confiança maior, que temos que seguir as orientações, mesmo que, eventualmente, possa não parecer tão grave quanto alertado”, comentou Souza.

    “Isso demanda cada vez mais organização da Defesa Civil. Tem o lema da Defesa Civil, que eu gosto de usar, que diz que a Defesa Civil somos todos nós. De nada adianta emitir o alerta, fazer todos os avisos prévios, como aconteceu em junho, como aconteceu na semana passada e durante esta semana, e as pessoas não acreditarem nos alertas e não seguirem as orientações das autoridades”, completou.

    “Infelizmente, tivemos um óbito, que a gente lamenta imensamente. Uma pessoa perdeu a vida em Rio Grande nesta madrugada. Mas, de fato, houve uma confiança maior da população nos alertas emitidos. E isso fez com que as pessoas se resguardassem para que a gente pudesse proteger mais vidas”.

    Impacto nos próximos dias

    Especificamente sobre este ciclone de agora, o governador disse que ainda haverá impactos nos próximos dias.

    “Nossa orientação, no momento, é que essas pessoas que estão morando em áreas de risco, nessas regiões, que podem ser afetadas por essas enchentes ou inundações saiam de suas residências e vão a locais seguros, residências de amigos e parentes ou até mesmo abrigos públicos indicados por suas prefeituras, já que, provavelmente, ainda teremos um ou dois dias a mais de transtornos aqui no Rio Grande do Sul”, disse.

    O governador em exercício do Rio Grande do Sul pontuou os impactos que ainda vem sendo sentidos. “Esse ciclone está atingindo ou atingiu todo o território gaúcho em algum momento nos últimos dias. Neste momento, nós estamos sofrendo aqui fortes rajadas de vento, ainda há muita chuva, em especial no litoral do estado, litoral sul e litoral norte, incluindo os locais próximos a essas localidades, como é o caso da Serra Gaúcha, Grande Porto Alegre e assim por diante”.

    Conforme Souza, o município de Sede Nova, no noroeste do estado, é o que tem maiores danos até o momento, tendo registrado fortes chuvas, ventos e granizo simultaneamente.

    O governador em exercício informou que os técnicos do estado estão em permanente contato com os do governo federal, mas negou que ministros de Estado e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenham feito qualquer tipo de contato com ele até o momento.

    A região Sul do país segue com 695 mil pessoas sem energia por causa do ciclone extratropical.

    No último dia 8, o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), transmitiu o cargo para Souza antes de embarcar para os Estados Unidos. Leite participa, ao lado de líderes políticos do Brasil, como governadores, prefeitos e deputados, de um curso internacional sobre Economia Verde, em Stanford, além de encontros com empreendedores da área de tecnologia em Los Angeles.

    *Produzido por Ana Beatriz Dias e Vinícius Tadeu, da CNN