Governador do Acre diz que “tudo será esclarecido” em relação à operação da PF
Gladson Cameli (PP) publicou uma nota oficial em suas redes sociais sobre a Operação Ptolomeu III, que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em seu governo
![Governador do Acre, Gladson Cameli. Governador do Acre, Gladson Cameli.](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/12/27267631303_9a63cdb945_o.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), publicou uma nota oficial em suas redes sociais sobre a terceira fase da Operação Ptolomeu III, deflagrada nesta quinta-feira (9), que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em seu governo.
“Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido”, diz o tweet. Ele também se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
a. Essa é mais uma etapa da operação de mesmo nome. Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido;
b. Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações;
— Gladson Cameli (@GladsonCameli) March 9, 2023
A operação é realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal.
De acordo com a CGU, os alvos da operação praticavam fraudes em contratações públicas no Acre com “com recursos da saúde, da educação e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), relacionadas à execução de obras de infraestrutura e serviços de manutenção predial”.
O governador foi proibido de se ausentar do país e terá que entregar o passaporte em até 24 horas. Ele também não poderá ter contato com outros investigados no caso.
A investigação tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e constitui desdobramento das fases I e II, deflagradas no ano de 2021, quando foi identificada organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano.
Segundo a PF, os servidores atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de dinheiro.
Nesta terceira fase da investigação, a Polícia Federal busca o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos. Nesse sentido, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes.
*Publicado por Fernanda Pinotti