Novos terremotos podem atingir Bahia nos próximos dias, afirma geofísico
Novo tremor já foi sentido por volta das 3h40 da manhã por moradores dos municípios de Amargosa, São Miguel das Matas e mais cidades da Bahia
O geofísico Bruno Collaço, professor do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), afirmou à CNN, nesta segunda-feira (31), que “réplicas” do terremoto de magnitude 4,6, que aconteceu na manhã desse domingo (30), podem continuar pelos próximos dias.
“Quando acontece um tremor um pouco mais forte, como foi o caso desse na Bahia, podem acontecer réplicas, que é o que está acontecendo, e pode continuar por dias, quem sabe até semanas”, disse ele, que também não descarta o fim dos fenômenos em breve.
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De acordo com a Defesa Civil do estado, o tremor foi sentido por volta das 3h40 da manhã por moradores dos municípios de Amargosa e São Miguel das Matas, Laje e Santo Antônio de Jesus. Não há registro de ocorrências graves ou feridos até o momento.
“Tremores de magnitude 4 acontecem pelo menos duas vezes no ano no Brasil”, disse. “Então é uma coisa a que estamos acostumados e pode ocorrer em qualquer parte do país”, esclareceu. Apesar disso, ele afirmou que casos com esse são preocupantes devido aos riscos a casas e imóveis com construções mais precárias. “Temos que ficar em alerta, sim”, defendeu.
Nesse domingo, a região do Recôncavo Baiano registrou movimentações de terra em pelo menos 80 municípios, com magnitude de 4,6 na Escala Richter. Os relatos foram reportados na página do Centro de Sismologia da USP entre 7h e 9h. Pesquisadores informaram que o motivo do tremor está sob análise. Mais tarde, tremores mais leves foram registrados novamente.
Cama tremeu
O morador Leonardo Rattes, que mora na cidade, relatou à CNN susto que teve ao acordar. “De repente, comecei a sentir a cama tremer e achei muito estranho. A porta e janelas começaram a bater. Só pensei: ‘não é possível a Terra tremendo aqui em Salvador’. Isso durou uns dois ou três segundos. Levantei e fui até a varanda, para ver se tinha algum vizinho na rua”, contou.
Além dos vizinhos, Rattes disse que viu muitos relatos do terremoto nas redes sociais. “Eu moro no bairro Castelo Branco e outra pessoa, de outro bairro, falou que também tinha sentido. Mas tinha gente dizendo que não sentiu nada. Pelos relatos nos grupos de WhatsApp, nem todo mundo aqui em Salvador sentiu esse tremor de terra.”
(Edição: Leonardo Lellis)
