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    GCM de São Bernardo do Campo (SP) mata estudante ao confundi-lo com assaltante

    Jovem teria gritado "não sou eu" antes dos disparos; agente de segurança estava de folga

    Viaturas Guarda Civil Municipal São Bernardo do Campo
    Viaturas Guarda Civil Municipal São Bernardo do Campo Reprodução/Prefeitura de São Bernardo do Campo

    Bruno LaforéCarolina Figueiredoda CNN

    em São Paulo

    O guarda civil municipal (GCM) Marcelo Antonio de Oliveira Junior, de 34 anos, foi preso após matar o estudante Lucas Costa Souza, de 19 anos, com dois tiros no peito.

    O crime aconteceu na noite da última terça-feira (27), na região central de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O GCM teria confundido o rapaz com um assaltante.

    A vítima havia acabado de deixar a universidade, onde cursava Administração havia três meses. De acordo com o relato de Cristiane Costa Souza, mãe do jovem, à Polícia Civil, o pai de Lucas tinha o hábito de buscar o filho na faculdade por volta das 22h30, horário do término da aula.

    Na noite de terça, o pai ligou para o menino e avisou que o carro ficou sem gasolina. Em seguida, ele pediu que o filho esperasse por ele em um ponto de ônibus próximo à universidade.

    O carro particular do GCM parou em um semáforo próximo à parada de ônibus. O guarda pontua que reparou que o jovem olhava para seu veículo e que tentou entrar no carro.

    O agente de segurança entendeu que estava sendo assaltado, saiu do carro, correu atrás do garoto e efetuou dois disparos em direção ao peito dele. O estudante morreu no local.

    De acordo com o que disse o autor dos disparos à Polícia, durante a abordagem, Lucas gritava “não sou eu, não sou eu”.

    Em depoimento às autoridades policiais, a mãe da vítima destacou que ele era um menino tímido, que quase não saía de casa. Ela afirmou que ele costumava de entrar no carro do pai sem conferir se era ele mesmo e que acredita que Lucas tenha se confundido, pois o carro conduzido pelo atirador era da mesma cor do veículo da família.

    Marcelo Junior chegou a entregar uma arma de brinquedo aos agentes que atenderam à ocorrência. O GCM relatou que encontrou o simulacro caído próximo ao local do crime.

    No boletim de ocorrência, a Polícia Civil apontou que “Marcelo disse, informalmente, que daria uma outra versão de seu interrogatório, excluindo o simulacro da cena do crime”.

    O caso foi registrado como homicídio e fraude processual. O GCM segue detido no 1º Distrito Policial de São Bernardo do Campo.

    A Prefeitura de São Bernardo do Campo informou que o agente estava de folga no momento do ocorrido e que a administração municipal instaurou uma sindicância para auxiliar as demais autoridades na apuração dos fatos.