Fugitivos de Mossoró aparecem em lista vermelha da Interpol
Em fuga desde a quarta-feira, os fugitivos fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira (16)
Os fugitivos Deibson Cabral Nascimento (33) e Rogério da Silva Mendonça (35), que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) durante a madrugada de quarta-feira (14), passaram a figurar na lista de difusão vermelha da Interpol, que reúne os criminosos mais procurados e mais perigosos do mundo. Eles conseguiram escapar do presídio por um buraco aberto na parede da cela em que ficavam presos.
O nível máximo de alerta para autoridades internacionais da Interpol abre a possibilidade de captura dos fugitivos em qualquer um dos 196 países membros da Interpol foi anunciado hoje.
Em fuga desde a quarta-feira, os fugitivos fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira (16) na cidade de Mossoró, em uma comunidade rural, cerca de três quilômetros de distância do presídio de segurança máxima.
Registro de Deibson no site da Interpol / Reprodução/Interpol
A inclusão na lista vermelha significa que as autoridades brasileiras executaram um pedido para que as autoridades dos países membros da Interpol possam localizar e prender provisoriamente uma pessoa com mandado de prisão em aberto. Entretanto, segundo o site da Interpol, “um aviso vermelho não é um mandado de prisão internacional”, diz o anúncio.
Atualmente, a lista vermelha da Interpol conta com 6820 nomes das mais diversas nacionalidades.
Fuga e reféns
Os investigadores que estão à caça dos dois fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN) receberam relatos de uma família feita refém na noite desta sexta-feira (16) na área rural da cidade, próximo à penitenciária.
Segundo a vítima relatou aos investigadores, no histórico ao qual a CNN teve acesso, os dois estavam de boné, um de calça azul-claro com número (característica do presídio) e tênis azul com passador, um de camisa escura e o outro camisa clara. A família elencou, para a polícia, os pedidos que os fugitivos fizeram:
- Mandaram abrir as redes sociais e televisão para ver notícias relatando a fuga;
- Fizeram muitas ligações pelo WhatsApp, alguns números com DDD 21 e o interlocutor tinha sotaque e mencionou que estava no RJ;
- Perguntavam a todo momento a localização e demonstravam desconhecimento do lugar onde estavam; vítima informou estarem muito perto da PFMOS;
- Perguntaram como chegava ao Ceará;
- Perguntaram se estava longe do litoral;
- Perguntaram se tinha muito ponto de bloqueio na rua; vítima falou que perto de Mossoró tinha;
- Não levaram nem o carro e nem a moto da vítima.