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    ‘Fraude havia com voto impresso’, diz Barroso sobre segurança da urna eletrônica

    "A história do país é a história de fraudes eleitorais sucessivas, seja no preenchimento das cédulas, seja no lançamento do mapa", disse o presidente do TSE

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (15), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, falou sobre o questionamento que surge em período eleitoral a respeito da segurança nas urnas eletrônicas.

    Para ele, quem questiona, “às vezes, se move por algum grau de desinformação, pois fraude havia no voto impresso”.

    “O fato real é que nunca se provou nenhum tipo de fraude contra a urna eletrônica. Se alguém demonstrar a ocorrência de fraude, vou ser o primeiro a tentar enfrentar isso”, disse ele.

    “Fraude havia no tempo do voto impresso, manual. Aliás, a história da República brasileira é a história de fraudes eleitorais sucessivas, seja no preenchimento das cédulas, seja no lançamento do mapa”, acrescentou.

    Barroso contou ainda que o TSE abriu o sistema para quem quisesse “atacar”, e ninguém conseguiu “furar” a segurança do programa.

    “Nós fizemos um teste público de segurança para que todas as pessoas tentassem hackear o sistema e não aconteceu”, afirmou.

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    Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Superior Tribunal de Justiç
    Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Superior Tribunal de Justiça, Luís Roberto Barroso, em entrevista para a CNN (14.set.2020)
    Foto: CNN Brasil

    “É perfeito?”, questionou ele sobre o sistema atual. “Imagino que não. Mas até aqui não se encontrou nenhuma falha”, pontuou.

    O presidente do TSE ressaltou também que o sistema brasileiro de apuração é, possivelmente, o melhor do mundo e que pretende evoluir.

    “Eu tenho uma comissão estudando o voto do futuro porque as urnas eletrônicas, embora eficientes, custam muito caro”, disse ele, apontando que o estudo prevê que as pessoas votem a partir de seu próprio dispositivo. 

    Barroso disse esperar ter a possibilidade de entregar a seu sucessor um estudo já avançado sobre essa perspectitiva e, se possível, até com algum piloto testado.

    Faltam dois meses para as eleições municipais, que será diferente devido à pandemia do novo coronavírus. A votação, prevista para os dias 4 e 25 outubro, agora, terá o primeiro turno no dia 15 de novembro, e o segundo duas semanas depois, no dia 29 do mesmo mês.

    Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma série de regras sanitárias que deverão ser cumpridas por mesários e eleitores.

    O eleitor que não estiver com máscara, por exemplo, será barrado no local de votação. Todos terão que passar álcool em gel nas mãos antes e depois de votar, e aglomerações entre apoiadores também estão proibidas. 

    Sobre as fake news, Barroso disse que o TSE está desenvolvendo trabalhos em diferentes frentes para combatê-las, e afirmou que o que preocupa são as ações de “milícias digitais”. 

    “O que nos preocupa não é uma imputação falsa, imprecisa feita de uma pessoa a outra. O que nos preocupa são milícias criminosas que seguem um comando verticalizado e financiado a serviço do descrédito da democracia e de pessoas. É isso que estamos enfrentando quando falamos de combate às fake news. O que nos preocupa é o uso de mecanismos tecnológicos por essas milícias digitais do mal, que são destrutivas”, falou.

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