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    Fragmentos de óleo voltam a aparecer no litoral do Nordeste

    CRPH-PE e Marinha confirmaram a remoção de vestígios de petróleo no litoral de Pernambuco. Órgãos acreditam se tratar do mesmo litoral que poluiu região em 2019

    Diego Freire, , da CNN, em São Paulo

    Fragmentos de óleo foram avistados e removidos das praias de Tamandaré, Cupe e Muro Alto, no sul de Pernambuco, nesta segunda-feira (22), segundo informaram a Agência Estadual de Meio Ambiente (CRPH-PE) e a Marinha do Brasil. 

    “As primeiras avaliações técnicas apontam que o material encontrado é proveniente de manchas de petróleo que atingiram o litoral do Nordeste e parte do Sudeste do país, no ano passado”, informou a CRPH-PE em nota.

    No final de agosto de 2019, começou a ser registrado o aparecimento de manchas de óleo em praias do litoral nordestino. Já em novembro, fragmentos foram retirados também de praias no Espírito Santo, chegando ao Sudeste do país.

    Um relatório da Petrobras, em outubro de 2019, indicou que a substância encontrada nas praias brasileiras seria uma mistura de óleos de origem venezuelana. Na época, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles insinuaram envolvimento do governo do país vizinho no caso, o que foi negado pelas autoridades venezuelanas.

    Alguns navios estrangeiros também foram indicados como suspeitos pelo vazamento, incluindo uma embarcação grega, porém nada foi comprovado.

    Nos últimos dias, a ONG Salve Maracaípe já havia compartilhado denúncias do ressurgimento de fragmentos de óleo no litoral do Nordeste ao longo do primeiro semestre de 2020.

    “Desde março estamos recebendo informações que voltou a aparecer óleo na Bahia, essa semana em Alagoas e hoje flagramos o aparecimento na praia de Muro Alto e Cupe, vizinhas à Porto de Galinhas”, publicou a ONG nas redes sociais no domingo (21).

    Nesta segunda, o CRPH-PE apresentou uma hipótese para o ressurgimento dos vestígios de óleo em Pernambuco. 

    “O material estaria sedimentado no leito ou preso nos corais, chegando às areias das praias devido a uma combinação de fatores meteorológicos, que reviraram o fundo e soltaram os fragmentos. Nos últimos cinco dias, essa região registrou marés de sizígia, que geram grandes variações; uma maior intensidade das correntes marítimas devido à época do ano; e a chegada de um Swell com ventos acima de 20 nós”, escreveu o órgão em nota.

    A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a CPRH orientam os municípios que recolham eventuais fragamentos encontrados e os acondicionem em tonéis, que devem ser enviados para aterros industriais ou destinados à reciclagem.

    Equipes da Semas, do CRPH, da Capitania dos Portos e do Ibama, vistoriaram as praias pernambucanas nesta segunda. A Marinha informou que uma equipe de Inspeção Naval realizou uma limpeza e os fragmentos recolhidos na operação foram encaminhados para análise do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro.

     

     

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