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    Fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris é incluído em lista da Interpol

    Flávio de Castro Sousa foi visto pela última vez em 26 de novembro

    Juliana Bernardinoda CNN* , em São Paulo

    O fotógrafo Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, que desapareceu em Paris, na França, foi incluído na lista de Difusão Amarela da Interpol, na última quarta-feira (4).

    Ele foi visto pela última vez em 26 de novembro, dia em que voltaria para o Brasil. As malas de Flávio já estavam prontas e o check-in havia sido feito pela internet.

    A lista da Interpol contém nomes de pessoas desaparecidas e emite um alerta para as autoridades policiais dos países membros da organização internacional. No aviso, há informações pessoais sobre o desaparecido como foto, data de nascimento e o país de origem.

    À CNN, Lilian Viana, amiga de Flávio, disse que todos envolvidos na busca pelo fotógrafo precisam de ajuda nesta missão. “A gente realmente está precisando de mobilização popular, a gente está precisando levar isso às autoridades”, comentou.

    A amiga do fotógrafo também disse que o celular dele foi encontrado em uma jardineira de um restaurante local. Porém, como a polícia francesa trabalha de outra forma, não é possível observar as câmeras de segurança da região para saber quem foi o responsável pelo descarte do telefone.

    De acordo com Lilian, as malas de Flávio foram levadas por colegas do fotógrafo para serem analisadas no Consulado do Brasil, na última terça-feira (3).

    Dentro das bagagens, estava tudo organizado e continha o material fotográfico e o passaporte de Flávio.

    Flávio mora em Belo Horizonte (MG) e estava na França para uma viagem a trabalho. Ele chegou em Paris em 1º de novembro e, após compromissos profissionais, ficaria no país para passar as férias até o fim do mês.

    O artista nasceu em Candeias, na região oeste de Minas Gerais. Flávio cursou Artes Plásticas na Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais. Ele é sócio de Lucien Esteban na empresa Toujours Fotografia, especializada em cobertura de eventos.

    Como funciona o sistema de alertas da Interpol

    A Organização Internacional de Polícia Criminal foi criada em 1923 junto à Comissão de Polícia Criminal Internacional e sua sede fica em Viena, na Áustria.

    À época, a instituição internacional publicou uma relação de criminosos procurados internacionalmente, principalmente, os que participaram da Primeira Guerra Mundial.

    Os alertas, conhecido como “difusões”, são classificados a partir de um sistema de cores:

    • Difusão Vermelha: alerta para buscar a prisão ou detenção provisória de pessoas procuradas com vista à extradição;
    • Difusão Amarela: alerta para ajudar a localizar pessoas desaparecidas, muitas vezes menores de idade, ou para ajudar a encontrar pessoas que são incapazes de se identificar;
    • Difusão Azul: alerta para localizar, identificar ou obter informações sobre uma pessoa de interesse em uma investigação criminal;
    • Difusão Preta: alerta para buscar informações sobre corpos não identificados;
    • Difusão Verde: alerta para alertar sobre atividades criminosas de uma pessoa, caso ela seja considerada uma possível ameaça à segurança pública;
    • Difusão Laranja: alerta para alertar sobre um evento, uma pessoa, um objeto ou um processo que representa uma ameaça iminente e perigo para pessoas ou bens;
    • Difusão Roxa: alerta para fornecer informações sobre modus operandi, objetos, dispositivos e métodos de ocultação utilizados pelos criminosos.

    *Sob supervisão de Bruno Laforé

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