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    RJ: Força-tarefa da Lava Jato faz operação contra suposta extorsão na Receita

    São cumpridos 46 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios

    Jéssica Otoboni, da CNN, em São Paulo



     

    Agentes da Polícia Federal, da Corregedoria da Receita Federal e do Ministério Público Federal (MPF) realizam nesta quarta-feira (18) no estado do Rio de Janeiro a Operação Armadeira 2.

    A ação é coordenada por procuradores da força-tarefa da Lava Jato e investiga um suposto esquema de extorsão dentro da Receita Federal.

    Os investigados são suspeitos de receber propina de alguns servidores da Receita – paga por empresários – para evitar fiscalizações ou para que fossem lavrados autos de infração com valores inferiores aos devidos. 

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    Agentes da PF em um dos endereços alvos da operação, na Lagoa, zona sul do RJ
    Agentes da PF em prédio na Lagoa, zona sul do RJ, um dos endereços alvos da operação
    Foto: Paula Martini – 18.nov.2020 / CNN

    São cumpridos 46 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios nos bairros da Lagoa, Jardim Botânico e Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, além de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Niterói, Silva Jardim e Teresópolis.

    Em um dos endereços, os policiais apreenderam um computador, uma mochila e um malote. Em outro, encontraram joias e barras de ouro, além R$ 22,4 mil em espécie em um veículo (R$ 20 mil no porta-malas e R$ 2,4 mil no porta luvas).

    Segundo as autoridades, o objetivo é “desarticular uma possível organização criminosa composta por agentes públicos, empresários e relacionados que tinha por finalidade suposta prática de concussão, corrupção e lavagem de dinheiro”.

    Joias encontradas em um dos endereços alvos da operação
    Joias encontradas em um dos endereços alvos da operação
    Foto: Divulgação – 18.nov.2020 / Polícia Federal

    A ação é um desdobramento da Operação Armadeira, deflagrada em outubro de 2019, que identificou, a partir do material apreendido e da colaboração premiada de um auditor fiscal, “um complexo arranjo que buscava reduzir a cobrança de tributos devidos ou blindar empresas de fiscalizações”.

    Os suspeitos podem responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanham a operação.

    (Com informações de Paula Martini, Isabelle Saleme e Thayana Araújo, da CNN, no Rio de Janeiro, e Vianey Bentes, da CNN, em Brasília)

    Joias encontradas em um dos endereços alvos da operação
    Em um dos endereços, os policiais encontraram joias e barras de ouro
    Foto: Divulgação – 18.nov.2020 / Polícia Federal