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    “Foi uma fatalidade”, diz médico sobre morte de empresária após plásticas

    Alexandre Carvalho Colombaretti diz que causa da morte não tem relação com a cirurgia

    Marcos Guedesda CNN , São Paulo

    O cirurgião plástico Alexandre Carvalho Colombaretti, responsável pelas cirurgias estéticas da empresária Viviane Lira Monte, de 24 anos, que faleceu no último dia 26 de setembro, 22 dias após os procedimentos, afirmou à CNN que o ocorrido foi uma “fatalidade”.

    Em entrevista, Colombaretti declarou que ainda não foi convocado pela polícia para depor, mas que está à disposição da Justiça. Ele também mencionou ter acesso aos laudos sobre a morte da paciente, que, segundo ele, indicam infecção pulmonar, sem relação com a cirurgia.

    “Ela já estava com sintomas de gripe e posteriormente desenvolveu pneumonia. A infecção que causou a morte não teve nenhuma ligação com a cirurgia. Na internação no CTI, foi descartada a hipótese de tromboembolismo”, explicou o cirurgião.

    Em um vídeo gravado pouco antes das cirurgias, Viviane diz que realizar as plásticas era um “grande sonho, uma grande conquista.”

    O médico ressaltou que aguardará os laudos finais sobre a morte, mas acredita que a paciente estava com uma gripe em estágio inicial, ainda não detectada, no momento da cirurgia, apesar de ter apresentado um laudo favorável ao risco cirúrgico.

    “Ainda haverá uma investigação, mas pelo que acompanhei, foi uma fatalidade. A infecção dela não estava relacionada ao procedimento cirúrgico. Vou seguir acompanhando o caso e as investigações da Polícia Civil”, afirmou Colombaretti.

    Pagamentos à vista e outras cirurgias

    Renan Santiago, companheiro de Viviane, informou à CNN que os procedimentos foram pagos em dinheiro e à vista. Questionado sobre o assunto, o médico confirmou, explicando que esse tipo de pagamento é comum na região do Ceará, onde atua com frequência.

    Colombaretti também mencionou que realizou outra cirurgia na mesma data, sem complicações. Sobre o fato de Viviane ter recebido alta menos de 24 horas após a cirurgia, ele explicou que isso é “normal”.

    “Operei em um hospital renomado em Sobral. Não realizo cirurgias em clínicas. A operação começou às 8h e terminou por volta das 13h. Ela ficou no centro cirúrgico para monitoramento após a anestesia, e só teria permanecido mais tempo se houvesse algum problema”, concluiu.

    Posicionamento do Conselho Federal de Medicina

    Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou: “O CFM é uma instância de julgamento em grau de recurso. Para manter sua isenção, não tece comentários sobre casos concretos.”

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