Filho de Flordelis é transferido para presídio de segurança máxima no RJ
Juíza determinou que Flávio dos Santos Rodrigues ficasse em penitenciária separada de irmão, que também está preso
Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), preso acusado da morte do pastor Anderson do Carmo, foi transferido nesta sexta-feira (4) para o presídio de segurança máxima Bangu I, no Complexo de Gericinó, zona oeste da capital. Flávio foi preso logo após o crime, em junho do ano passado. O irmão dele, Lucas Cézar dos Santos, acusado de participação no crime, também está preso.
A decisão da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, na quinta-feira (3), determinava a separação de todos os presos investigados na morte do pastor Anderson do Carmo, morto a tiros, na porta de casa, em Niterói, região metropolitana do Rio, em junho de 2019.
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O prazo da ordem judicial para a separação de todos os suspeitos terminaria nesta segunda-feira (7), mas pela data ser feriado nacional o período foi prorrogado até terça-feira (8).
Apesar disso, o advogado assistente de acusação que representa a família do pastor Anderson Carmo, Angelo Máximo, acredita até que todas as transferências já tenham sido realizadas. A informação oficial, porém, ainda não chegou aos autos.
O pedido de separação aconteceu após o advogado Ângelo Máximo alegar que já houve “tentativas de manipulação de provas, combinações de narrativas e dissimulações” durante as investigações e a determinação busca evitar uma possível interferência nos trabalhos da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
A denúncia do MP indica que o policial militar reformado Marcos Siqueira da Costa, suspeito de 29 homicídios no RJ e cujo nome está envolvido na morte do pastor, tentou enganar os investigadores.
Ele teria se utilizado do fato de todos estarem na mesma penitenciária para coagir Lucas César, filho de Flordelis e responsável pelos disparos que mataram Anderson do Carmo, a redigir uma carta livrando a deputada federal de qualquer envolvimento com o crime.
A elaboração da carta teve a participação de Flávio dos Santos. O documento fraudulento responsabilizava de forma errônea Wagner Pimenta, Misael e Alexsander Felipe Mendes, conforme denúncia do Ministério Público.
A deputada Flordelis é apontada como o cérebro da organização criminosa que mandou matar Anderson do Carmo, na época seu marido, com 30 tiros em junho de 2019.
A investigação apurou que sete filhos do casal também participaram da ação. De acordo com a Polícia Civil, se divorciar de Anderson “não era uma opção” para Flordelis.