Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Filha de vítima de homicídio vira policial e prende assassino do próprio pai

    Crime aconteceu em fevereiro de 1999 e teria sido motivado por uma dívida de R$ 150; crime ocorreu em Roraima

    Julia Fariasda CNN* , em São Paulo

    O suspeito de assassinar um homem em 1999 foi preso nesta quarta-feira (25) em Boa Vista, capital de Roraima. A prisão foi realizada por Gislayne de Deus, filha mais velha da vítima que, hoje, é escrivã da Polícia Civil.

    De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, Raimundo Alves Gomes é acusado de matar Givaldo José Vicente de Deus no dia 16 de fevereiro de 1999 com um tiro em um bar no bairro Asa Branca, em Boa Vista.

    Raimundo foi localizado durante uma operação realizada em uma região de chácaras, onde se escondia para escapar da Justiça.

    A pasta afirma que o assassinato teria sido motivado por uma dívida de R$ 150 e que, após o crime, o suspeito fugiu e ficou foragido por 25 anos. Na época do caso, Givaldo deixou cinco filhas pequenas.

    Conforme a Polícia Civil de Roraima, o caso do pai de Gislayne foi a julgamento em 2016. A família de Givaldo encontrou uma testemunha que não ainda havia participado do processo judicial, o que resultou na condenação do réu a 12 anos de reclusão em regime fechado. No entanto, ele continuou foragido.

    Em 2019, o mandado de prisão do suspeito foi expedido e, em 2022, um tio de Gislayne chegou a ver o réu na região, mas, na época, ela ainda não fazia parte da equipe da Polícia Civil, o que prejudicou e as tentativas de localizá-lo.

    À CNN, Gislayne afirmou que desde o crime sempre tentou, de alguma forma, honrar a memória do pai. Em julho deste ano, a filha mais velha de Givaldo passou no concurso da Polícia Civil de Roraima e, ao ingressar na corporação, solicitou fazer parte da Delegacia Geral de Homicídios para que pudesse investigar o caso e localizar o autor do crime.

    “É um setor que eu vejo que faz a diferença na vida das pessoas. É uma sensação de justiça, de que ela está completamente feita. Hoje a gente tem a paz na nossa consciência de que [a morte do pai] não ficou impune”, ressaltou Gislayne, à CNN.

    *Sob supervisão

    Tópicos