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    ‘Ficamos surpresos’, diz associação que conseguiu retorno de público aos templos

    ‘As igrejas do Brasil são os maiores pontos de acolhimento de necessitados, afirma Edna Zili, presidente da Anajure

    Daniel Adjutoda CNN

     A presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) disse à CNN que foi surpreendida com a decisão do ministro Nunes Marques. Ele proibiu que prefeitos e governadores impeçam a realização de cultos e missas com presença de público. “Ficamos surpresos, sim, com essa decisão agora”, disse Edna Zili.

    A ação foi apresentada pela Anajure em junho do ano passado, pouco depois de o Supremo Tribunal Federal decidir, por unanimidade, que gestores municipais e estaduais têm autonomia para adoção de medidas restritivas. À época, Nunes Marques não era ministro do STF. Ele herdou o caso porque sucedeu o ministro Celso de Mello, então relator, que se aposentou em 2020.

    Edna Zili comemorou a decisão do ministro. “Essa liminar não obriga a abertura de templos religiosos, apenas libera. Nós apelamos ao bom senso”, reforçou. A principal preocupação apontada por ela é com o atendimento às pessoas carentes, que buscam as igrejas para amparo espiritual e financeiro, além da doação de alimentos.

    “As igrejas do Brasil são os maiores pontos de acolhimento de necessitados, de quem mais precisa nesse momento de pandemia. O fechamento das igrejas não apenas impede o exercício da religiosidade, garantido pela Constituição Federal, como dificulta o trabalho com a população carente”, afirmou.

    Nunes Marques liberou cultos religiosos com público durante a pandemia
    Nunes Marques liberou cultos religiosos com público durante a pandemia
    Foto: Leandro Ferreira/FotoArena/Estadão Conteúdo