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    “Fica cada vez mais difícil ter um Carnaval sem restrição”, diz secretário municipal do RJ

    Com transmissão comunitária da Ômicron, prefeitura do Rio de Janeiro rediscute Carnaval nesta terça-feira

    Isabelle SalemePauline Almeidada CNN , Rio de Janeiro

    Depois de confirmar o segundo caso da variante Ômicron no Rio de Janeiro e ver o número de positividade da Covid-19 saltar de 0,7% para 13%, após as festas de fim de ano, autoridades em saúde discutem restrições quanto ao Carnaval de rua na capital fluminense.

    “Sobre o Carnaval, a gente vai analisar os dados do aumento do número de casos, a manutenção das internações e a redução do número de óbitos. Para que a gente possa, de fato, ter uma decisão com segurança sanitária, epidemiológica. Mas com esse panorama, fica cada vez mais difícil a gente ter um Carnaval sem nenhum tipo de restrição”, revelou o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz.

    A Riotur confirmou ter recebido cerca de 500 pedidos de blocos para desfiliarem na capital fluminense durante o Carnaval. Mas por conta do agravamento da pandemia, existe uma indefinição sobre a realização ou não dos desfiles. A Banda de Ipanema e o bloco Preta Gil já informaram que não participarão da festa esse ano.

    Para tentar chegar a uma conclusão, representantes de blocos se reúnem nesta terça-feira (4), às 17 horas com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. O encontro vai contar com a presença do secretário, que já não descarta a possibilidade de dar passos atrás nas medidas de flexibilização adotadas na cidade, se necessário.

    A Secretaria Municipal de Saúde já confirma a transmissão comunitária da Ômicron na cidade. “São dois casos que a gente já tem o resultado da genotipagem, são confirmados, mas a gente tem 182 casos de altíssima probabilidade de ser Ômicron. A maioria desses casos, a gente não consegue definir, de fato, onde essa pessoa se contaminou. Então, a gente já considera a cidade do Rio de Janeiro que tem uma disseminação local da variante Ômicron, um aumento do número de casos por variante Ômicron. Isso é fácil de ver por que a gente tem um aumento na positividade dos testes de Covid-19”, explicou.

    Soranz, no entanto, explica que o panorama epidemiológico do Rio ainda é favorável no que diz respeitos as internações e mortes provocadas pela Covid-19. “Felizmente, parece que está se confirmando que a variante Ômicron não aumenta internações e não aumenta casos graves, mas ainda é cedo para afirmar. A gente vai analisando esses números ao longo dos próximos dias para poder tomar decisão em relação a medidas protetivas, mas também tomar decisão em relação ao Carnaval”, revelou.

    O secretário aproveitou para fazer um apelo para que a população continue seguindo as regras que já estão em vigor. “Preciso que as pessoas utilizem máscara em local fechado, coisa que gente está vendo que nem sempre tá acontecendo, que as pessoas continuem cobrando o passaporte sanitário…”, explicou. Soranz também lembra a importante da dose de reforço na data certa. “Atualmente 30% dos cariocas já tomaram a terceira dose. Essa é a principal estratégia para impedir o avanço da variante Ômicron”, concluiu.

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