Farmacêutica interrompe venda de curso online sobre peeling de fenol
Segundo investigações da polícia, Daniele Stuart ministrou curso à influenciadora que fez procedimento que terminou na morte de um homem de 27 anos em São Paulo
Após a morte de um homem de 27 anos em São Paulo durante a realização de um procedimento estético, a farmacêutica Daniele Stuart afirmou que interrompeu as vendas de um curso online para aplicação de peeling de fenol.
Segundo as investigações da polícia, Daniele foi a responsável por ministrar o curso online à influenciadora digital Natalia Fabiana de Freitas Antonio, que se apresentava nas redes como Natalia Becker. Natalia foi indiciada por homicídio com dolo eventual pela morte de Henrique Chagas, que passou mal e foi a óbito após passar pelo procedimento em uma clínica em São Paulo no dia 3 de maio.
A CNN entrou em contato na manhã desta quarta-feira (12) com o número de WhatsApp da clínica de Daniele, chamada Neo Stuart Estética e Saúde Integrada Curitiba, e foi informada sobre a interrupção. “Não estamos mais vendendo curso de fenol”, respondeu a pessoa que atendeu.
O curso aplicado por Daniele, intitulado “Aula de Peeling de Fenol Atenuado” encontra-se indisponível em uma plataforma de aulas online, segundo a qual, mais de 1.100 já fizeram a compra.
A descrição do conteúdo do curso dizia: “nessa aula exclusiva de peeling de fenol você irá entender como ele funciona, como fazer a aplicação correta e também as fórmulas de preparação de pele, do peeling, formula selante e pomada pós peeling”.
“Uma solução completa para quem deseja realizar o tratamento com segurança e eficácia”, completa.
O advogado Jeffrey Chiquini, que representa a farmacêutica, afirmou que o curso online oferecido por ela é exclusivamente conceitual e não é profissionalizante, e cita a legislação das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
A defesa de Daniele afirma que a causa da morte da vítima é culpa exclusiva da responsável pelo procedimento, que, “além de não habilitada para atuar cometeu erros graves na realização”, afirma.
“Envolver a Dra. Daniele neste caso e relacioná-la à morte da vítima é de todo injusto, irresponsável e precipitado”, disse o advogado.