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    Familiares de meninas mortas na porta de casa no Rio querem deixar seus lares

    Natal foi marcado por doações de ONG e lembranças das primas Emilly Victoria dos Santos e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos

    Thayana Araujo, da CNN, no Rio de Janeiro

    Familiares das primas Emilly Victoria dos Santos, de 4 anos e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7 anos, mortas na porta de casa, no município de Duque de Caxias, Região Metropolitana do Rio, vão deixar as casas onde moram. O destino é incerto, mas as famílias disseram não haver mais condições de viver no lugar onde a tristeza e a lembrança vão permanecer para sempre. A ONG Rio de Paz levou doações às famílias neste Natal.

    Emily e a prima Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7 anos, foram mortas no dia 5 de dezembro, por uma bala perdida enquanto brincavam na porta de casa. O crime aconteceu na comunidade em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Só este ano (2020), 12 crianças foram mortas por armas de fogo no estado do Rio de janeiro, ou seja, uma por mês, de acordo com estatísticas da ONG Rio de Paz.

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    A Polícia Civil segue com as investigações para identificar e responsabilizar os culpados pelas mortes das meninas. Segundo o laudo de necropsia, o projétil encontrado no corpo de Rebeca é compatível com fuzil 762, mas o laudo é inconclusivo. Segundo informações, Emily e Rebeca foram baleadas quando policiais militares tentaram abordar duas pessoas que estavam em uma motocicleta. Houve pelo menos três disparos. Ninguém foi preso. As armas dos militares foram recolhidas e encaminhadas à perícia e todos prestaram depoimento e negaram qualquer participação nas mortes das crianças.

    Duas placas improvisadas com os nomes das meninas foram colocadas pelo Rio de Paz na Lagoa Rodrigues de Freitas, na Zona Sul do Rio, onde a ONG tem uma instalação permanente com nomes de crianças e policiais mortos vítimas da violência.

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