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    Família diz que menino de 7 anos foi vítima de racismo em loja na zona leste de SP

    Segundo a mãe, criança foi acusada de ter furtado doces do estabelecimento; loja confirma que não houve crime

    Dayres VitoriaRafael Villarroelda CNN* , São Paulo

    Uma família denuncia um suposto caso de racismo cometido por funcionários de uma loja de doces na zona leste de São Paulo contra um menino negro de 7 anos. Segundo a mãe da criança, o gerente do estabelecimento acusou o garoto de ter furtado mercadorias.

    O caso ocorreu na semana passada na loja Magic Doces, no bairro Cidade Tiradentes. A mãe do menino, Giovanna Santos de Oliveira, de 25 anos, publicou um relato sobre a situação em suas redes sociais.

    Ela disse que já estava no caixa pagando pelas mercadorias quando o gerente a abordou dizendo que o filho dela teria comido dois pacotes de bolachas e escondido os sacos dos biscoitos na prateleira, sem efetuar o pagamento.

    Para tentar comprovar o suposto roubo, o gerente então verificou as câmeras de segurança da loja que confirmaram que a criança não havia consumido os produtos. Depois de perceber o erro e comprovar a inocência do garoto, o funcionário então teria pedido desculpas à mãe e ao menino vítima da acusação.

    A criança iria comemorar o aniversário de 7 anos no dia seguinte ao ocorrido, motivo pelo qual Giovanna no estabelecimento fazendo comprar para realizar a festa do menino. A mulher afirma que teria gasto mais de R$ 500 na loja.

    Depois da repercussão do caso nas redes sociais, a Magic Doces publicou uma nota de esclarecimento, mas, posteriormente, apagou as redes da empresa.

    Na nota apagada, a empresa disse que, no mesmo dia da ocorrência, a equipe do estabelecimento “buscou solucionar a situação de forma adequada, oferecendo o suporte necessário à família e propondo diálogo”. A nota também confirmou que, após revisão das imagens de segurança, “o fato [furto] não foi constatado”.

    O texto ainda faz críticas à mãe do menino: “No entanto, a mãe da criança optou por não seguir com a resolução em comum acordo e decidiu publicar vídeos nas redes sociais, alegando que nossa abordagem teria sido motivada por preconceito e racismo.”

    A empresa diz que “não compactua, sob nenhuma circunstância, com atitudes discriminatórias ou preconceituosas” e que “o funcionário envolvido está sendo orientado e, após apuração completa dos fatos, sendo constata qualquer irregularidade, todas as providências serão tomadas para que nenhuma outra ocorrência semelhante venha a ocorrer”.

    O caso está sendo investigado pelo 54°DP (Cidade Tiradentes). A ocorrência foi registrada como calúnia, mas a tipificação do delito poderá ser alterada ao decorrer das investigações. 

    * Sob supervisão

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