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    Falta de aulas presenciais não justifica cortes de verbas para educação, diz ONG

    Presidente da ONG, Priscila Cruz diz que há visão equivocada de que falta de aulas presenciais significam menores gastos para instituições de ensino

    Da CNN, em São Paulo

    Presidente da ONG Todos Pela Educação, Priscila Cruz criticou os cortes na área após os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao Orçamento de 2021. A pasta foi a mais afetada no texto sancionado pelo Executivo, com congelamento de R$ 2,7 bilhões. O bloqueio atinge despesas discricionárias, que incluem o custeio da pasta, como conta de luz, água e telefone.

    Para Priscila, há uma visão equivocada de que a falta de aulas presenciais por causa da pandemia reduz os custos das instituições de ensino. “É justamente o contrário. A gente tem uma morte lenta acontecendo na edução pública brasileira, com alunos não sendo expostos às aulas remotas. Temos necessidade de reforma de escolas, apoio de estados e municípios para planejamento de retorno às aulas presenciais”, afirmou.

    Ela também destacou que outros países veem a educação como a única saída para a reconstrução econômica pós-pandemia. Como isso não ocorre com o Brasil, devemos enfrentar impactos da falta de investimentos educacionais até o fim da década. 

    “O último estudo da Unesco diz que só devemos voltar para os indicadores de 2019 apenas em 2030. É importante entendermos que não é um ano de paralisação equivalente a um ano de atraso. A cada mês que temos escolas fechadas, temos um retrocesso de muitos para trás e mais anos a frente para fazer esse reconstrução.”

    Aulas presenciais são retomadas na Escola Municipal Suíça, na Penha, na zona nor
    Orçamento 2021: Educação foi a área mais afetada em bloqueios de despesas no orçamento
    Foto: Daniel Resende/Enquadrar/Estadão Conteúdo (24.fev.2021)