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    FAB explode helicóptero usado em garimpo ilegal

    Aeronave operava clandestinamente com matrícula falsa e foi interceptado pela Força Aérea

    João Rosada CNN , em Brasília

    Com uso de explosivos, a Força Aérea Brasileira (FAB) destruiu nesta semana um helicóptero usado para atividades de mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami, maior reserva indígena do Brasil.

    O helicóptero, modelo EC350 (Esquilo), operava clandestinamente com matrícula falsa e foi interceptado pela FAB em Campos Novos, uma clareira de difícil acesso no estado de Roraima. A ação ocorreu na última quarta-feira (9).

    Após a identificação e apreensão, a FAB destruiu a aeronave no local usando explosivos. Segundo o governo, a ação causou um grande prejuízo aos garimpeiros, que dependem dessas aeronaves para acessar áreas remotas e transportar minérios e suprimentos.

    De acordo com a FAB, o helicóptero era utilizado para transporte de equipamentos e suprimentos para o garimpo ilegal na Terra Yanomami, como a cassiterita — um mineral valioso —, combustível de aviação e mantimentos.

    A ação foi realizada em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ela faz parte de uma série de ações realizadas pelo Governo Federal para proteger a terra indígena.

    Apreensão

    Além da destruição da aeronave, foram apreendidos cerca de 500 quilos de cassiterita, combustível de aviação e outros suprimentos usados pelos garimpeiros.

    A operação foi coordenada pela Casa do Governo, um órgão federal encarregado de monitorar ações contra o garimpo ilegal nas terras Yanomami. Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo, ressaltou a importância da ação.

    “Esta operação é um sinal claro do compromisso do Governo Federal em proteger a Terra Indígena Yanomami. Ao eliminar os recursos logísticos dos garimpeiros, estamos dificultando suas operações e reafirmando a presença do Estado na preservação das populações indígenas”, afirmou.

    O governo estima que as ações de combate ao garimpo ilegal, realizadas entre março e outubro de 2024, tenham gerado um prejuízo de R$ 219 milhões aos garimpeiros.

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